ECONOMIA INTERNACIONAL
Inflação na China sobe para 2,5% no mês de setembro
O aumento foi impulsionado, pela evolução do preço dos alimentos.
Em 16/10/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da China, principal indicador da inflação, subiu 2,5% em setembro, um aumento de dois décimos em relação ao mês anterior, anunciou nesta terça-feira o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).
O aumento foi impulsionado, principalmente, pela evolução do preço dos alimentos, que em agosto tinha ficado em 1,7% e fechou o mês de setembro em 3,6%.
Destaque especial para o aumentos dos vegetais, de 14,6%, em comparação ao aumento de 4,3% registrado em agosto, e o das frutas frescas, de 10,2%, frente a 5,5%.
Por outro lado, o núcleo da inflação, que oferece uma visão melhor das tendências dos preços ao não incorporar as categorias mais voláteis, alimentos e energia, aumentou 1,7%, em comparação aos 2% em agosto.
Outro fator determinante na inflação de produtos alimentícios foi o surto de febre suína africana registrado no país, que reduziu a oferta desses alimentos básicos na dieta da China e aumentou em 2,2% em relação ao mês anterior.
Enquanto isso, o preço dos ovos aumentou 6,2% em setembro e o da carne bovina, cordeiro e frango em 3,8%, 11,1% e 4,4%, respectivamente.
O aumento dos preços dos alimentos foi impulsionado principalmente por fatores sazonais e pelo clima extremo causado por tufões, fortes chuvas e ventos, disse Luo Guoqing, estatístico da ONE.
Por outro lado, o preço dos produtos não alimentícios aumentou 2,2%, três décimos a menos do que em agosto, e destacou o aumento nos preços dos combustíveis (gasolina, 21% e diesel, 23%), e a alta de preços em educação e assistência médica (3,1% e 2,7%, respectivamente).
O escritório também divulgou o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação por atacado e que aumentou 3,6% em setembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, cinco décimos a menos do que no mês passado.
O governo chinês confirmou em abril que manteve a meta de inflação no entorno de 3% para 2018, objetivo que não conseguiu alcançar no ano passado, quando o IPC foi de 1,6%.