ECONOMIA INTERNACIONAL
Investimento direto global cai pela metade no 1º semestre
As informações são da Organização das Nações Unidas nesta terça-feira (27).
Em 27/10/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O investimento estrangeiro direto global recuou a 399 bilhões de dólares uma vez que as multinacionais adiaram os investimentos, mostrou o relatório.
O investimento estrangeiro direto global despencou 49% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior e caminha para uma queda de até 40% no ano diante dos temores de uma profunda recessão, informou a Organização das Nações Unidas nesta terça-feira (27).
O fluxo de investimento estrangeiro direto para as economias da Europa se tornou negativo pela primeira vez na história, caindo a -7 bilhões de dólares de 202 bilhões. Os fluxos para os Estados Unidos caíram 61%, a 51 bilhões de dólares, disse em relatório a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad).
O investimento estrangeiro direto global recuou a 399 bilhões de dólares uma vez que as multinacionais adiaram os investimentos, mostrou o relatório.
“Os fluxos globais de investimento estrangeiro direto no primeiro semestre deste ano caíram quase para a metade...Foi mais drástico do que esperávamos para o ano todo”, disse James Zhan, diretor da divisão de investimento e empreendimentos da Unctad em entrevista à imprensa.
A expectativa é que os fluxos caíam 30% a 40% este ano e “moderadamente” em 2021, em 5% a 10%, disse Zhan.
Os dados cobrem fusões e aquisições internacionais, novos projetos de investimento em greenfield e acordos financeiros para projetos.
Os países industrializados, que normalmente respondem por cerca de 80% das transações globais, foram os mais atingidos, com os fluxos caindo a 98 bilhões de dólares, nível visto pela última vez em 1994, de acordo com o relatório.
Entre os principais beneficíários em 2019 os fluxos houve quedas mais fortes na Itália, Estados Unidos, Brasil e Austrália. A China contrariou a tendência, disse Zhan. (Reuters)