NEGÓCIOS
Itaú Unibanco tem lucro líquido recorrente de R$ 6,1 bilhões no 1º trimestre.
O valor é 19,64% maior que o registrado no mesmo período de 2016.
Em 03/05/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, registrou lucro líquido recorrente (que desconsidera efeitos extraordinários) de R$ 6,176 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O valor é 19,64% maior que o registrado no mesmo período de 2016 (R$ 5,162 bilhões).
Em comparação com o 4º trimestre de 2016, quando o lucro foi de R$ 5,817 bilhões, houve alta de 6,17%.
Segundo o banco, contribuíram para o crescimento do lucro em relação ao trimestre anterior a redução das despesas não decorrentes de juros em 7,8%, de impairment em 64,5% e das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa em 7,4%, principalmente no segmento de varejo.
O Itaú também destacou que houve queda de 8% da margem financeira com clientes e de 6,3% da margem financeira com o mercado.
Já em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o lucro líquido cresceu R$ 1,014 milhões devido, principalmente, à redução de 31,1% das despesas de provisões para créditos de liquidação duvidosa, segundo o banco.
O patrimônio líquido do banco atingiu R$ 114,9 bilhões, 7,7% maior que o mesmo trimestre do ano passado e 0,6% menor na comparação com o trimestre anterior.
O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente e anualizado (indicador que mede como um banco remunera seus acionistas) ficou em 22% no primeiro trimestre. No mesmo período de 2015, ele estava em 19,6% e, no três meses anteriores, em 20,7%.
Os ativos totais do Itaú somaram R$ 1,413 trilhão no 1º trimestre, queda de 1% em relação ao 4º trimestre de 2016, quando ficou em R$ 1,427 trilhão. Ante o mesmo trimestre de 2016 (R$ 1,398 trilhão), a alta foi de 1,1%.
O produto bancário, que representa as rendas das operações bancárias e de seguros, previdência e capitalização (ou seja, a soma de todas as receitas do banco), totalizou R$ 26,9 milhões no primeiro trimestre, redução de 5,8% em relação ao trimestre anterior e crescimento de 0,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Carteira de crédito e inadimplência
A carteira de crédito total (incluindo avais, fianças e títulos privados) somou R$ 587 bilhões, queda de 1,9% em relação ao último trimestre de 2016, de R$ 598,4 bilhões. Em relação ao mesmo trimestre de 2016, quando os empréstimos foram de R$ 637,4 bilhões, a queda foi de 7,9%.
Os empréstimos para pessoas físicas diminuíram 1,6% ante o último trimestre e 2% em comparação com o 1º trimestre de 2016. Já os empréstimos para pessoa jurídica encolheram 2,7% e 10,7%, respectivamente.
O índice de inadimplência para dívidas vencidas acima de 90 dias ficou em 3,4% março, estável ante dezembro. Considerando apenas as operações no Brasil, a taxa de atrasos ficou em 4,2%, também estável na mesma comparação.
O resultado veio um dia depois de Candido Bracher assumir a presidência do banco, substituindo Roberto Setubal, que ficou 23 anos como CEO do banco e saiu por ter atingido a idade limite prevista para o cargo no estatuto da empresa, de 62 anos. Ele será co-presidente do Conselho de Administração do Itaú, ao lado de Pedro Moreira Salles, ex-presidente do Unibanco.
O lucro registrado pelo banco é maior que o do Bradesco, que ficou em R$ 4,07 bilhões no 1º trimestre deste ano.
Lucro líquido com eventos extraordinários
O Itaú também reportou lucro líquido de R$ 6,05 bilhões no primeiro trimestre, alta de 9,2% na compração trimestral e de 16,7% na comparação anual. O resultado abrange também os eventos não recorrentes.
Os principais pontos extraordinários desconsiderados para o cálculo do lucro líquido recorrente, de acordo com o banco, foram amortizações de ágio geradas por aquisições feitas pelo conglomerado e provisões fiscais e previdenciárias para perdas decorrentes de planos ecnônimos que vigoraram na década de 1980.