POLÍTICA INTERNACIONAL
Itália confisca 140 milhões de euros em bens de oligarcas russos
Foi o que anunciou nesta sexta-feira (4) o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.
Em 04/03/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O Ministério da Economia informou que “as medidas estão sendo adotadas no território italiano” e envolvem “o congelamento de fundos, recursos econômicos, móveis e imóveis” pertencentes a indivíduos e entidades russas.
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, anunciou nesta sexta-feira (4) que o governo italiano está confiscando 140 milhões de euros em bens de oligarcas russos para dar seguimento à retaliação internacional contra a guerra na Ucrânia.
“A Itália fará a sua parte e está se preparando para prosseguir com o confisco dos bens dos oligarcas russos próximos ao Kremlin por um valor de 140 milhões de euros”, disse o chanceler italiano em entrevista ao programa italiano Tg2 Post.
Em comunicado oficial, o Ministério da Economia informou que “as medidas estão sendo adotadas no território italiano” e envolvem “o congelamento de fundos, recursos econômicos, móveis e imóveis” pertencentes a indivíduos e entidades russas.
“Uma primeira operação já foi concluída e diz respeito a um barco no valor de 65 milhões de euros. Outras medidas estão sendo adotadas”, diz a nota.
Até o momento, a Guarda de Finanças da Itália confiscou o iate “Lady M”, um barco de 65 metros do oligarca russo Alexei Mosdashov, presidente da Severstal, no porto de Imperia; a Villa Lazzareschi, na província de Lucca, avaliada em 3 milhões de euros, do russo Oleg Savchenko; e também o iate “Lena”, de 52 metros, que está atracado em Sanremo e pertence a Gennady Timchenko, amigo do presidente russo, Vladimir Putin. O barco é avaliado em US$ 50 milhões.
“Enquanto se espera que Putin pare a guerra, continuamos no caminho das sanções”, enfatizou Di Maio, lembrando que com as últimas punições a “bolsa de Moscou ficou fechada por cinco dias” e essa “é a única maneira de convencer Putin a pensar”.
Apesar disso, o chanceler italiano explicou que a União Europeia, o G7 e a Otan estão trabalhando para encontrar uma “solução diplomática e pacífica para a crise” na Ucrânia.
No programa de TV, Di Maio ressaltou que a terceira rodada de negociações entre os russos e ucranianos “deve servir para um cessar-fogo e, em seguida, um acordo de paz deve ser alcançado”.
“A guerra não pode ser resolvida com a guerra, devemos parar os ataques de Putin e trazê-lo para a mesa”, acrescentou Di Maio.
A declaração é dada no nono dia da guerra na Ucrânia e horas depois das tropas russas tomarem o controle da maior usina nuclear da Europa, situada em Enerhodar, 700 quilômetros a sudeste de Kiev.
A planta de Zaporizhzhia conta com seis reatores, sendo que cinco foram abertos ainda na era soviética.
“O ataque à central nuclear é uma escalada preocupante, não se trata apenas de atingir a Ucrânia e a Europa, Putin também está colocando em risco a saúde dos cidadãos russos”, alertou Di Maio. (ANSA)
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