POLÍTICA INTERNACIONAL
Itália começará 2020 com calendário eleitoral intenso
A crise política quase custou o cargo do primeiro-ministro Giuseppe Conte.
Em 30/12/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Após um 2019 conturbado devido à crise política que quase custou o cargo do primeiro-ministro Giuseppe Conte, a Itália iniciará 2020 com um intenso calendário eleitoral.
No próximo dia 26 de janeiro, as regiões da Emilia-Romagna, no norte, e da Calábria, no sul, elegerão seus novos governadores e colocarão à prova a capacidade de resistência da esquerda frente à ascensão do ex-ministro do Interior Matteo Salvini.
Ambas são governadas pelo social-democrata Partido Democrático (PD), que substituiu a Liga, de extrema direita, na aliança com o populista Movimento 5 Estrelas (M5S) que dá sustentação a Conte.
O pleito na Emilia-Romagna terá ainda um caráter especial, já que a região é um histórico feudo da esquerda italiana e berço do movimento das “sardinhas”, grupo que tomou as ruas do país para protestar contra Salvini e a extrema direita.
A candidata da Liga, Lucia Borgonzoni, desafia o governador Stefano Bonaccini (PD), que aparece como favorito nas pesquisas.
Já na Calábria, o independente de esquerda Filippo Callipo, apoiado pelo PD, enfrenta Jole Santelli, do Força Itália (FI), partido conservador de Silvio Berlusconi e aliado da Liga – as sondagens na região dão ampla vantagem à direita.
Avanço – Mesmo fora do poder, Salvini segue com a popularidade em alta e, no fim de outubro, alcançou uma vitória avassaladora nas eleições regionais na Úmbria, outro antigo bastião da esquerda italiana.
Desde as eleições legislativas de 4 de março de 2018, quando o secretário da Liga assumiu a liderança da coalizão de direita com o moderado FI e o extremista Irmãos da Itália (FdI), a aliança vem colecionando vitórias nas urnas.
De lá para cá, sete regiões governadas pelo PD, maior força de esquerda no país, realizaram eleições, e a coalizão conservadora venceu em todas.
Entre maio e junho de 2020, outras seis regiões italianas devem eleger novos governadores: Campânia, Marcas, Puglia e Toscana, controladas pela esquerda, e Ligúria e Vêneto, comandadas pela direita. (ANSA)