POLÍTICA INTERNACIONAL

Joe Biden lidera em 4 estados na reta final da apuração nos EUA

Na madrugada de hoje (7), Biden ampliou sua vantagem na Geórgia e na Pensilvânia.

Em 07/11/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: ANGELA WEISS/AFP

Na noite desta sexta-feira (6), Biden fez um novo pronunciamento à nação e afirmou que apesar de “não termos uma declaração final, os números são claros e dizem que nós venceremos”. 

O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, está cada vez mais próximo de ser confirmado o novo presidente dos Estados Unidos. Isso porque ele lidera a contagem de votos em quatro estados cruciais para garantir delegados no Colégio Eleitoral.   

Durante a madrugada deste sábado (7), o ex-vice-presidente ampliou sua vantagem na Geórgia e na Pensilvânia, e manteve a liderança em Nevada e no Arizona. Caso os resultados sejam confirmados, o democrata terá 306 delegados – bem acima dos 270 necessários para a vitória eleitoral.   

Já o atual presidente e candidato à reeleição, Donald Trump, tem 213 delegados e deve ganhar nos estados da Carolina do Norte e Alasca. No entanto, os 18 delegados que levaria pela vitória são insuficientes para permanecer na Casa Branca.   

Na noite desta sexta-feira (6), Biden fez um novo pronunciamento à nação e afirmou que apesar de “não termos uma declaração final, os números são claros e dizem que nós venceremos”.   

“Estamos na corrida para atingir os 300 delegados. Nós já temos 74 milhões de votos, a campanha mais votada da história. Seremos os primeiros democratas em anos a vencer na Geórgia e no Arizona”, disse ainda lembrando da virada nos dois estados há décadas republicanos.   

No entanto, o ex-vice-presidente voltou a pedir “calma e paciência” para que “cada voto seja contado” e alertou que esse é o “tempo para dizer chega à raiva e a demonização da política”.   

Por outro lado, Trump continua a defender a judicialização do processo, entrando com ações nas justiças estaduais e federais dos estados da Geórgia e da Pensilvânia para paralisar as contagens do que ele chama de “votos ilegais”, cédulas que teriam chegado aos centros eleitorais após o dia 3 de novembro.   

No entanto, os dois estados já haviam definido, antes da data do pleito, que os votos seriam recebidos depois do dia 3 de novembro – em prazo que varia entre três e seis dias. Até o momento, apenas a Suprema Corte dos EUA, que tem maioria conservadora, ordenou que as cédulas que chegaram após a data das eleições na Pensilvânia sejam contabilizadas, porém separadas das demais.   

Ainda segundo fontes da Casa Branca ouvidas pelas emissoras “Fox News” e “CNN”, o republicano se recusa a aceitar uma possível derrota e teria até dito a aliados que só deixaria a Casa Branca “sob chutes do Serviço Secreto”.   

Sobre as recontagens, os estados envolvidos já têm legislações que determinam a recontagem dos votos no caso da diferença entre vencedor e perdedor ser menor do que 0,5 ponto percentual – o que ocorrerá sem a necessidade de intervenção judicial após a finalização da primeira apuração.   

Ainda não está certo o tempo que levará para que os Estados Unidos determinem quem será o próximo presidente, já que as margens nos quatro principais estados em disputa serem muito pequenas. (ANSA).