CIÊNCIA & TECNOLOGIA

Jovem Cientista premia pesquisa em segurança alimentar.

Estudo sobre a castanha-do-Brasil fonte de suplementação de selênio para idosos foi um dos vencedores.

Em 22/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista, que este ano contemplou projetos de pesquisa na área de Segurança Alimentar e Nutricional, foi encerrado nesta quinta-feira (21) com o anúncio dos vencedores. Estudantes e instituições de ensino do Ceará, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo foram os ganhadores do prêmio.

O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Hernan Chaimovich, em cerimônia no Ministério Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).A entrega dos prêmios está prevista para o mês de junho, em solenidade no Palácio do Planalto.

Do total de 1.920 pesquisas inscritas nesta edição, 341 disputaram a categoria Mestre e Doutor, 274 Ensino Superior, e 1.305 concorreram na categoria Ensino Médio.

Entre os projetos vencedores estão um produto que permite ao consumidor identificar fraudes no leite; um modelo inovador de agricultura urbana, que oferece um sistema sustentável de produção e aproxima os consumidores dos produtores; e um estudo sobre a castanha-do-brasil como fonte de suplementação de selênio para idosos, que se revela importante aliado na prevenção do Mal de Alzheimer.

"Esse prêmio é importante porque forma a consciência de que existem pessoas no Brasil que são referências", disse Hernan Chaimovich. Ele destacou a importância do prêmio pelo "impacto intelectual para a contribuição social e econômica, por meio do desenvolvimento socialmente justo e sustentável neste País".

Campeões

Da categoria Ensino Médio, a campeã foi Joana Meneguzzo Pasquali, do Colégio Mutirão de São Marcos, em São Marcos, Rio Grande do Sul, com a pesquisa Detectox – Kit detector de substâncias tóxicas no leite UHT. Trata-se de uma fita confeccionada com filtro de café embebido com reagentes que indicam, por meio de diferentes cores, a presença, no leite, de três substâncias: formol, soda cáustica e amido.

Na categoria Ensino Superior, o campeão foi o estudante Deloan Edberto Mattos Perini, da Universidade Federal da Fronteira do Sul (UFFS), de Erechim, Rio Grande do Sul, com a pesquisa modelo de agricultura urbana como inovação no processo de abastecimento de alimentos em cidades de pequeno porte. Com base em diagnóstico urbanístico da cidade de Erechim, Deloan, identificou 144 lotes com potencial de transformação em hortas urbanas. A partir disso, o estudante desenvolveu um modelo de agricultura de acordo com as necessidades do município.

Da categoria Mestre e Doutor, a doutoranda da Universidade de São Paulo (USP), Bárbara Rita Cardoso, foi a grande vencedora, com a pesquisa Efeitos do consumo de castanha-do-brasil (Bertholetia excelsa H.B.K) sobre a cognição e o estresse oxidativo em pacientes com comprometimento cognitivo leve e a relação com variações em genes de selenoproteínas.

Na categoria Mérito Científico, o pesquisador e professor da USP, Franco Maria Lajolo, foi o contemplado, por sua pesquisa sobre alimentos funcionais. Já os prêmios Mérito Institucional Ensino Superior e Médio foram concedidos à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, Santa Catarina e à Escola Estadual de Educação Profissional Joaquim Nogueira, em Fortaleza, Ceará.

Sobre o Prêmio

O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, e conta com patrocínio da Gerdau e da BG Brasil. Criada em 1981, a premiação tem o propósito de incentivar a pesquisa e a inovação no País e é considerada um dos mais importantes reconhecimentos aos cientistas brasileiros.

Fonte: Ministério de Ciência e Tecnologia