POLÍTICA INTERNACIONAL
Juiz de Seattle bloqueia ordem de Trump sobre imigração.
A suspensão temporária pelo juiz de Seattle representa um grande revés para a ação de Trump.
Em 04/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
WASHINGTON - Um juiz federal colocou um bloqueio nacional na sexta-feira sobre a ordem executiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que barrava temporariamente a entrada no país de refugiados e cidadãos de sete países.
A suspensão temporária pelo juiz de Seattle representa um grande revés para a ação de Trump, embora seu governo ainda possa colocar a política novamente em efeito com um recurso.
A Casa Branca disse na noite de sexta-feira que acreditava que a proibição era "legal e apropriada" e disse que o Departamento de Justiça dos EUA apresentaria uma moção de emergência para impedir que a ordem do juiz entrasse em vigor.
A decisão do juiz James Robart, nomeado por George W. Bush, entrou em vigor imediatamente na sexta-feira, sugerindo que as restrições de viagem poderiam ser levantadas imediatamente.
Pouco depois da decisão, a agência de proteção de fronteira e alfândega dos EUA disse às companhias aéreas que embarquem viajantes afetados pela proibição.
O Departamento de Estado dos EUA está trabalhando com o Departamento de Segurança Interna para determinar como a decisão de sexta-feira afeta suas operações, disse um porta-voz à Reuters, e anunciará quaisquer mudanças que afetem os viajantes assim que as informações estiverem disponíveis.
A ordem de Trump, de 27 de janeiro, causou caos em aeroportos nos Estados Unidos na semana passada, quando alguns cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen foram impedidos de entrar no país.
O juiz questionou o uso pelo governo dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos como justificativa para a proibição.
Mas Robart disse que nenhum ataque foi conduzido em solo norte-americano por indivíduos dos sete países afetados pelo veto desde aquele atentado. Para a ordem de Trump ser constitucional, disse Robart, ela tinha que ser "baseada na verdade, e não em ficção".
Por Dan Levine e Scott Malone)/Reuters