ECONOMIA INTERNACIONAL
Juiz dos EUA rejeita tentativa de acordo do Uber com motoristas
Motoristas alegam que são funcionários e têm direito a ressarcimento.
Em 19/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Um juiz dos Estados Unidos rejeitou uma tentativa do Uber em encerrar um processo coletivo em que motoristas afirmam que são funcionários da empresa de transporte urbano por aplicativos e por isso têm direito a ressarcimento de despesas.
Em um caso que está sendo observado atentamente pelo Vale do Silício, onde muitas companhias usam funcionários sob demanda, o juiz distrital Edward Chen decidiu em San Francisco que um acordo da empresa não é justo ou adequado aos motoristas do Uber.
Os motoristas afirmam que são funcionários do Uber e por isso a empresa deveria ressarcir os custos com manutenção e combustível dos veículos. Essas despesas são pagas atualmente pelos motoristas.
O acordo proposto pela empresa manteria os motoristas com fornecedores tercerizados. Vários motoristas que são parte no processo entraram com objeções ao tribunal, principalmente porque o valor proposto no acordo ficou bem abaixo das perdas potenciais no caso, que atingem 850 milhões de dólares.
Em comunicado, o Uber disse que acredita que o acordo oferecido, avaliado em até US$ 100 milhões, era justo e razoável.
"Estamos decepcionados com esta decisão e avaliando nossas opções", afirmou a companhia, que também tem operações no Brasil.
O juiz Chen citou que um montante de US$ 16 milhões dentro do acordo proposto seria pago aos motoristas apenas se o valor de mercado da empresa crescesse em um certo nível dentro de um ano após uma eventual oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).
Como o Uber não pode dar informações específicas sobre a viabilidade de um IPO, Chen disse que não poderia considerar o valor proposto como parte de um acordo. Os 84 milhões de dólares restantes, afirmou o juiz, representam um desconto substancial sobre o valor de ressarcimento pedido pelos motoristas.
Reuters