ECONOMIA NACIONAL
Juro do cheque sobe para 321% ao ano, em agosto, diz BC.
Taxa segue no maior patamar de toda a série histórica, que começou em 94.
Em 28/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial avançaram de 318,4% ao ano em julho para 321,1% ao ano, informou o Banco Central nesta quarta-feira (28). Com isso, a taxa atingiu o maior valor de toda a série histórica, que começa em julho de 1994, ou seja, em 22 anos.
Os juros do cheque especial e do cartão de crédito rotativo estão entre os mais altos do mercado. Esses empréstimos, alertam os especialistas, só devem ser utilizados em momentos de emergência e por um prazo curto.
Segundo o Banco Central, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações ficaram em 475,2% ao ano em agosto, contra 471,7% ao ano em julho.
No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, houve um aumento de 43,8 pontos percentuais nos juros do cartão de crédito rotativo e, em 12 meses até agosto, uma alta de expressivos 71,7 pontos percentuais.
Por se tratar de uma taxa extremamente alta, a recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor.
Consignado, pessoal e veículos
No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), a taxa média de juros cobrada pelos bancos somou 132,3% ao ano em julho, contra 132,2% em julho.
Nesse caso, houve uma alta de 0,1 ponto percentual em agosto, mas, no ano, ocorreu um aumento de 14,6 pontos percentuais.
Segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) atingiu 29,3% ao ano em agosto – o que representa uma alta de 0,1 ponto percentual em relação a julho (29,2% ao ano).
No ano, a taxa para o consignado subiu 0,5 ponto percentual e, em 12 meses, houve um aumento de 1,5 ponto percentual.
A taxa média de juros para aquisição de veículos por pessoas físicas, por sua vez, somou 26,2% ao ano em agosto - acima dos 26% relativos ao mês anterior.
g1/São Paulo