POLÍTICA INTERNACIONAL

Kamala: ataque à Ucrânia terá consequências para a Rússia

Vice-presidente dos EUA falou sobre 'sanções econômicas sem precedentes contra o país'.

Em 19/02/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Andreas Gebert/Reuters

Ainda relembrando os conflitos do passado, Harris afirmou que logo depois das duas Grandes Guerras, um consenso emergiu na Europa e nos Estados Unidos em favor da ordem, ao invés do caos e que preza pela segurança, não conflito.

Durante a Conferência de Segurança que acontece em Munique, na Alemanha, neste sábado, 19, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris se pronunciou sobre a crise da Ucrânia. Suas palavras fizeram eco com as afirmações feitas pelo presidente Joe Biden e reafirmaram a posição dos Estados Unidos contra a Guerra.

"Desde o fim da Guerra Fria, nunca nos reunimos sob circunstâncias tão difíceis. Hoje, como estamos bastantes cientes, a Fundação da Segurança Europeia está sob ameaça direta na Ucrânia", disse.

Ainda relembrando os conflitos do passado, Harris afirmou que logo depois das duas Grandes Guerras, um consenso emergiu na Europa e nos Estados Unidos em favor da ordem, ao invés do caos e que preza pela segurança, não conflito.

"Por isso, através de laços, relacionamentos, organizações, instituições, leis e tratados, nós juntos estabelecemos um conjunto de normas que foram mantidas desde então", afirmou.

Dentre as regras, ela relembrou que as nações têm direito de escolher suas próprias alianças e que a lei deve ser prescidiada, mas que as fronteiras nacionais não podem ser mudadas através da força.

"Estamos aqui unidos para reafirmar noss compromisso a esses principios que nos trouxeram paz e segurança." De acordo com ela, a espinha dorsal disso é a Otan, "a maior aliança militar que o mundo jamais viu".

A Rússia, segundo Kamala Harris, vai dizer que está inocente e pode criar vários pretextos para a invasão.

"Nós vemos a Rússia espalhando mentiras, desinformação e propaganda. Mas apesar disso, num esforço deliberado e coordenado, nós juntos vamos expor a verdade, falaremos em uma voz junta", afirmou.

Os Estados Unidos, conforme Harris reafirmou, continuam abertos a diplomacia séria e que fizeram tudo de boa fé até agora. Porém a Rússia, apesar de dizer que está pronta para conversações, reduz os caminhos para a diplomacia. "Suas ações não estão combinando com as palavras", declarou.

"Posso dizer com absoluta certeza: se a Russia invadir a Ucrânia, os Estados Unidos, com nossos aliados e parceiros, vão impor sanções economicas sem precedentes contra o país".

Harris também afirmou que além dos 6 mil soldados foram para Romênia, Polônia e Alemanha e outros 8.500 estão prontos para agir quando acionados.

"Como [o presidente Joe] Biden disse, nossas forças nao serao deslocadas para lutar dentro da ucrania, mas irão defender cada centimentro do territorio da Otan".

Harris ainda lamentou pelo povo da Ucrânia, que teve mais de 14 mil mortes e mais de um milhão de descolamento desde que começou a guerra, quase há 8 anos atrás. "Já ajudamos e vamos continuar a apoiar o povo da Ucrânia. É importante para todos nós como lideres, o custo humano desse tipo de agressão", contou.

Ao final, a vice-presidente americana pediu para os líderes lembrarem de quão raro é, na história, ter um período prolongado de paz e estabilidade.

"Manter os nossos princípios é o trabalho vital de cada geração." (Estadão Conteúdo)

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