Laboratório de fabricação de chip óptico é inaugurado em Campinas (SP).

A empresa brasileira para a produção de dispositivos para transmissões ópticas, a BrPhotonics foi inaugurada no Polo de Tecnologia do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), em Campinas (SP). A empresa é fruto de uma parceria entre o CPqD e a norte-americana GigOptix.

"O Ministério das Comunicações tem uma missão especial de lutar para construir uma politica industrial de tecnologia e inovação na área das comunicações”, declarou Berzoini durante inauguração da empresa, realizadas na sexta-feria (21). Ele reforçou que o País precisa despertar para a necessidade de estabelecer uma política industrial e de serviços em ciência, tecnologia e inovação, deixando de ser apenas um grande mercado consumidor. 

Instalada no Pólis de Tecnologia, a BrPhotonics vai levar ao mercado o que há de mais avançado em tecnologia fotônica integrada (chip óptico). A tecnologia foi desenvolvida nos últimos anos pelo CPqD com apoio do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel), do Ministério das Comunicações, da Finep e do BNDES. 

"O Brasil precisa de políticas tecnológicas capazes de viabilizar a geração de riqueza, emprego e investimentos, num círculo virtuoso de desenvolvimento econômico e social", destacou Berzoini.

O presidente da BrPhotonics, Júlio César de Oliveira, reforçou esse objetivo. "Não queremos fazer tecnologia como no Japão ou na China, queremos fazer tecnologia no Brasil."

Entenda como funciona a tecnologia de fibra óptica

A BrPhotonics vai produzir componentes moduladores de fotônica integrada. Aplicado nas redes de fibra óptica, o componente tem um tamanho muito menor do que os existentes atualmente e utiliza tecnologia fotônica, que recorre a elementos de luz para transmitir informações.

Essa nova tecnologia atende ao anseio das operadoras, que procuram equipamentos cada vez menores, que gastem menos energia elétrica e que possam ser instalados dentro das plataformas já existentes nas centrais de telecomunicações.

A tecnologia produzida pela BrPhotonics ocupa uma área cinco vezes menor que a utilizada atualmente, possibilitando aumentar a densidade de dados com a inclusão de um número maior de componentes na mesma plataforma.

O Funttel já investiu mais de R$ 200 milhões em projetos da área óptica no CPqD. A criação da BrPhotonics é resultado desses investimentos. Para o presidente do CPqD, Sebastião Sahão Junior, a abertura da empresa representa mais um capítulo importante na história da instituição.

Fonte: Ministério das Comunicações, com informações do Governo Estadual de Campinas.