Lama e água empoçada cobrem calçada em frente ao Hospital Dório Silva.

A dona de casa Maria Dias, de 80 anos, tem dificuldade para andar e havia acabado de sair de uma consulta com um ortopedista. Apoiada numa bengala, ela ainda teve que desviar das poças do chão. “É difícil, muito difícil. Para a pessoa sem poder andar, como eu, é um absurdo muito grande”, falou a idosa.

Para evitar a queda, ela anda sob o olhar atento e os cuidados das filhas. “Eu acho um absurdo você sair de um hospital e não tem lugar para passar, tem que passar no meio da rua”, disse a filha e auxiliar de produção Marlene Dias.

Uma moradora da região fez um vídeo mostrando como a água fica empoçada mesmo depois que para de chover. Insatisfeitos com a situação e como forma de protesto, moradores espalharam cartazes pedindo melhorias.

Uma ambulante precisa passar com o carinho e tudo mais pela rua, indo de encontro aos veículos. O ônibus até dá uma pausa para que ela passe. Sem ciclovia, muitos ciclistas também precisam se arriscar. O pedreiro Rafael da Silva vai pra casa de bicicleta e torce todos os dias pra conseguir chegar.

“É bem complicado. Não tem como passar, não tem espaço para ciclovia. Aí tem que encarar o trânsito, junto aos carros”, falou.

Aos 51 anos, Márcio prefere não correr riscos e passa de bicicleta no meio do barro. “Não tem ciclovia, tem que passar por cima da calçada. Uma movimentação de carros dessa, eu não posso arriscar minha vida e passar”, falou o vigilante Márcio Coelho, de 51 anos.

A direção do Hospital Dório Silva informou que já contratou uma empresa para fazer a calçada e, assim que o projeto for liberado pela Prefeitura da Serra, vai iniciar as obras. Já a prefeitura disse que recebeu o projeto, está analisando e, se tudo estiver certo, vai liberar a obra o mais rápido possível.