POLÍTICA INTERNACIONAL
Líder social-democrata alemã renuncia após fiasco eleitoral
Andrea Nahles ao lado de Merkel: social-democratas forma coalizão de governo.
Em 02/06/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A presidente do Partido Social-Democrata (SPD), Andrea Nahles, anunciou neste domingo (02/06) que vai renunciar à liderança da mais antiga legenda da Alemanha e ao posto de chefe de bancada no Parlamento.
A decisão é anunciada em meio a um terremoto político na Alemanha. Parceiro de coalizão da União Democrata Cristã (CDU), partido da chanceler federal Angela Merkel, o SPD vem acumulando reveses em eleições nos últimos anos.
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Na última delas, as eleições para o Parlamento Europeu no domingo passado, o partido recebeu apenas 15,8% dos votos, uma queda de 11 pontos em relação ao resultado de 2014 (27,5%).
O partido ficou, assim, relegado ao posto de terceira força política da Alemanha, atrás do Partido Verde, que alcançou o maior resultado de sua história numa eleição em nível nacional, com mais de 20% dos votos.
O SPD vinha perdendo votos a cada eleição. Na mais recente para o Parlamento alemão, a de 2017, angariou apenas 20,5%, cinco pontos a menos que em 2013 e bem distante dos 40% de décadas atrás, que lhe valiam a alcunha de Volkspartei, ou partido do povo.
Foi após o revés eleitoral de 2017 que Nahles assumiu a presidência do partido e a chefia da bancada no Parlamento.
O declínio do SPD nos últimos anos, marcado pela piora constante dos resultados eleitorais, é motivo de crescente agitação dentro do partido, especialmente em sua ala mais à esquerda. Nela, a insatisfação com a grande coalizão com a CDU vem aumentando há anos.
O resultado de domingo, para muitos, só fortalece esse sentimento, reforçado ainda por uma derrota histórica nas eleições em Bremen, o menor estado da Alemanha, onde o SPD deve perder o poder pela primeira vez em sete décadas.
Se a ala esquerda do SPD ganhar a luta interna pelo poder, há uma chance, segundo especulam analistas alemães, de que o tradicional partido saia da coalizão com Merkel, provocando novas eleições no país. Com informações da Deutsche Welle
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