ECONOMIA NACIONAL

Leilão de geração de energia tem 1.055 projetos cadastrados.

Previsto para fevereiro, leilão é o maior do mundo, diz Maurício Tolmasquim.

Em 21/10/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um total de 1.055 projetos de geração de energia foi cadastrado para Leilão A-5 2016, o que representa capacidade equivalente a três usinas hidrelétricas de Itaipu. O dado foi divulgado nesta terça-feira (20) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) . O leilão, portanto, superou o recorde de capacidade instalada de geração de energia no País, atraindo 47,6 mil megawatts (MW) em novos investimentos. O pregão, que contratará energia para 2021, está previsto para fevereiro de 2016.

Segundo o presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, esse é o maior leilão do mundo. “Ter investidor que gasta dinheiro fazendo projetos, é porque ele acha que vale a pena construir, o setor traz tranquilidade para o investidor.”

 Os destaques estão na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde as características favorecem a geração das eólicas. O Rio de Janeiro, com gás natural, aparece em terceiro lugar e é tido como “uma surpresa.”

Foram aprovados para o leilão 864 projetos de geração de energia eólica, de um total de 1.055 projetos apresentados à EPE. Juntos, eles são capazes de gerar 21322 megawatts (MW). Só da Bahia foram incluídos 292 projetos. Outros 232 estão previstos para o Rio Grande do Norte.

“ O cenário do setor elétrico é bom, temos uma quantidade de investidores interessados. Isso nos deixa tranquilo, é muito positivo”, acrescentou Tolmasquim.

Consideradas mais poluentes, sete usinas térmicas a carvão e 36 a gás natural estão no leilão. Sete das térmicas ficam no Rio de Janeiro. Há ainda seis hidrelétricas. Pequenas centrais hidrelétricas  também vão entrar no leilão, oferecendo 1019 MW, são 78 projetos.

Segundo Tolmasquim, apesar de aparecerem poucas hidrelétricas no A-5, a previsão do governo é realizar o leilão da Usina de São Luiz do Tapajós, no Pará, com capacidade de cerca de 8 mil MW, também em 2016. O aval, no entanto, depende de licenças ambientais e de autorização da Fundação Nacional do Índio (Funai), pois o projeto prevê o alagamento de áreas de parque naturais.

Fonte: Agência Brasil