Levir destaca necessidade de reforços para 2016: "Vou buscar no aeroporto"

O ano está acabando, e o Atlético-MG já está se planejando para a próxima temporada. Levir Culpi ainda nem sabe se permanecerá para 2016, visto que o treinador ainda não renovou contrato com o clube. O próximo ano será mais puxado que 2015, já que o além do Mineiro, da Libertadores, da Copa do Brasil e do Brasileiro, o Galo disputa a Florida Cup, em janeiro, e a Liga Sul-Minas-Rio. Poderão ser 80 jogos na próxima temporada, caso a equipe chegue a todas as decisões.

O Atlético-MG tem um elenco, atualmente, com pouco mais de 30 jogadores. No entanto, o diretor de futebol, Eduardo Maluf, já anunciou que o clube terá um elenco mais inchado para a próxima temporada, com até 40 atletas. Levir Culpi acredita que o elenco atual não é suficiente para a disputa de todas as competições e que o clube precisa aproveitar mais as categorias de base, além de buscar reforços de peso.

- Eu acho que não. Precisamos reforçar um pouco. Aumentou o calendário. Se não me engano, serão cinco ou seis campeonatos na próxima temporada e vai aumentar o número de jogos. Mas temos as categorias de base e teremos as contratações pontuais, que a diretoria vai fazer. 

O Galo deve ter um orçamento de cerca de R$ 16 milhões para fazer contratações para a próxima temporada. No entanto, Levir garante que não tem a menor aptidão para lidar com questões financeiras, mas faz questão de participar da decisão técnica para a contratação de jogadores. 

- Eu não tenho a menor ideia disso que você está falando. Nem na minha casa eu não tenho a menor ideia dessa parte financeira. Eu vou discutir com o dirigente a qualidade do jogador, como ele se enquadraria. O Daniel (Nepomuceno) e o Maluf vão discutir a parte financeira. Não tenho noção para te dar uma resposta financeira. Eu faço questão de buscar no aeroporto (os reforços) que vierem. Temos que trazer um cara qualificado que venha fortalecer e não só somar ao elenco. Que venha fortalecer o elenco. O apoio das categorias de base é importante. Temos que aumentar o elenco para o ano que vem.

Falta de sincronia com a base

O Atlético-MG tem o costume de revelar grandes jogadores. O próprio zagueiro Jemerson, titular absoluto do Galo, nasceu para o futebol nos canteiros da Cidade do Galo. Levir Culpi, ao longo de sua carreira, sempre foi um treinador com o perfil de trabalhar bem com os jogadores jovens. No entanto, em 2015, eles não tiveram muito espaço no alvinegro. Jogadores que foram bem na última temporada, como Alex Silva, Jesiel, Marion, Carlos, Dodô e Eduardo, não tiveram o mesmo espaço este ano.

O treinador admitiu que não fez um bom aproveitamento dos jogadores das categorias de base. No entanto, Levir tem uma teoria, que ele acredita que pode ser melhorada para a próxima temporada. O estilo de jogo das categorias de base deve se aproximar do jeito de jogar do time profissional.

- Essa é uma boa questão, acho que não fui bem (no aproveitamento dos jogadores da base) pelo seguinte. Quando cheguei, o (Rogério) Micale era o técnico das categorias de base. Mas tem algumas cosias que são erros estratégicos do clube. O Micale jogava com a linha de jogadores, o que no profissional não é. Isso é um erro. Se você for ver no Barcelona, as escolinhas, eles chegam no profissional e não sentem tanto. Então é engraçado que o profissional começou a jogar mais encurtado. Trabalho das categorias do Galo é muito bom, mas precisa ter um respaldo, de sustentação no profissional. Se o profissional pensa de outra maneira, fica um trabalho picotado. Vai pinçar um ou outro e eles não sabem exatamente o que fazer. Pode ser algo melhor resolvido.