Licitação para gerenciadora do Cais das Artes é anulada, no ES.

O processo de licitação para contratação da empresa gerenciadora da obra do Cais das Artes, na Enseada do Suá, em Vitória, foi anulado nesta sexta-feira (6).  A construções já dura sete anos e está parada desde 2015. A obra já custou R$ 126 milhões e tem previsão de mais R$ 94 milhões, totalizando R$ 220 milhões, mais de R$ 100 milhões a mais do que na previsão inicial.

Em agosto de 2016, o governo do estado abriu a licitação para contratar uma gerenciadora, empresa para fazer um levantamento do que ainda precisa ser feito para lançar o edital de escolha de uma nova construtora. O processo tinha como valor máximo R$ 4 milhões e teve abertura dos envelopes em outubro.

A decisão de suspensão do edital pelo Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes) foi publicada no Diário Oficial na sexta-feira. Em nota, o Iopes informou que a licitação foi anulada por recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e que adequações para um novo edital já estão sendo feitas.

Entretanto, não há data para reinício da seleção e o processo costuma ter duração mínima de três meses. A contratação dessa gerenciadora é necessária para formular o edital de escolha da nova construtora que irá assumir a obra, a terceira empresa a dar andamento à construção.

O Iopes garantiu que o Cais das Artes será entregue em 2018 e que as obras serão retomadas neste ano. Após a contratação da gerenciadora, ainda será preciso aguardar a avaliação da empresa e depois, mais três meses de licitação para seleção da terceira construtora.

Valor
O valor estimado para o término da obra é de R$ 80 milhões. Até o momento, já foram gastos R$ 126 milhões. A obra foi iniciada em 2010 e sofreu sucessivas paralisações.

Construtoras anteriores
A primeira, Santa Bárbara, faliu. A segunda, consórcio Andrade Valladares Topus, não comprou alguns aparelhos pelos quais recebeu um adiantamento e, por isso, teve o contrato rompido.

Projeto
Com 20 mil metros quadrados, o formato do complexo do Cais das Artes lembra o de um grande navio. A construção tem 150 metros de comprimento e 30 de altura, com um teatro e um museu. A obra tem a assinatura do arquiteto capixaba Paulo Mendes da Rocha.

Os dois edifícios que compõem o conjunto arquitetônico estão em uma grande praça, que abrigará eventos ao ar livre, como exposições e encenações.