DIREITOS HUMANOS
Lula: governo tem que garantir oportunidades a crianças
Lula ressaltou o papel do governo na garantia de oportunidades para crianças e adolescentes.
Em 04/04/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Ao participar da reunião plenária da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Brasília, Lula disse que tem obsessão pela educação porque não teve oportunidade de dar continuidade aos estudos.
Siga o CORREIOCAPIXABA no Instagram e concorra a ingressos para o show do Xande de Pilares
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou nesta quarta-feira (3) o papel do governo na garantia de oportunidades iguais para crianças e adolescentes. Ao participar da reunião plenária da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, em Brasília, Lula disse que tem obsessão pela educação porque não teve oportunidade de dar continuidade aos estudos.
>> Pesquisa aponta redução de ataques a jornalistas em 2023
"Eu tenho obsessão de garantir para as pessoas que não nasceram em berço de ouro o direito de ter aquilo que é a essência do Estado. Não existe uma criança mais inteligente que a outra, o que precisa é garantir igualdade de oportunidade para todo mundo disputar as coisas nesse país".
Lula lembrou que a última conferência foi realizada em 2019.
“Quando se parou de convocar, o que estava por trás da decisão, era fazer com que caísse no esquecimento. Porque para muita gente, quanto mais silenciosa for a humanidade, quanto menos protesto e reivindicação fizer, melhor para quem governa com espírito e cabeça no autoritarismo”.
Lula quis dedicar o encontro às crianças e adolescentes que passam fome, aos órfãos da Covid-19 e às crianças que morreram na guerra entre Israel e o Hamas.
"É uma homenagem a quase 12,3 mil de crianças que morreram na Faixa de Gaza em Israel, bombardeadas em uma guerra insana. Não podemos perder a capacidade de nos indignar", disse.
O presidente lembrou os programas do governo voltados à essa parcela da população, como o Pé-de-meia, para incentivar a permanência de adolescentes no ensino médio; o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, para garantir a alfabetização na idade certa; e a construção de novos institutos federais.
“É isso que a gente tem que fazer para garantir às crianças e adolescentes brasileiros uma oportunidade digna de vida decente e de um futuro promissor, muitas vezes melhor do que ele recebeu de seus pais”.
Propostas
A etapa nacional da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente ocorre entre os dias 2 e 4 de abril, em Brasília. Convocada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), o evento reúne milhares de pessoas e tem como tema central “A situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempo de pandemia pela Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade”.
Durante ato com a participação do presidente Lula, a presidenta do Conanda, Marina Poniwas, comentou sobre o legado sombrio da pandemia, especialmente para o público infantil e adolescente.
"É necessário reconhecer que os efeitos da pandemia no Brasil foram agravados pelo negacionismo científico e pelas decisões políticas e sociais protagonizadas pelo governo anterior. Chegamos a mais de 711 mil mortes contabilizadas pela pandemia. Milhares de vítimas da orfandade", afirmou.
O ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida, destacou a importância da conferência e defendeu a política como caminho de construção de um destino melhor.
"A única coisa que nos salva dessa tragédia e dessa miséria, é a política, a boa política, a democracia, a participação social", disse o ministro.
Almeida lembrou que a própria ideia de criança e adolescente é uma criação recente, da política.
"Antes, criança era considerada apenas um adulto incompleto, alguém que deveria aprender a ser adulto por meio do trabalho. Então, vocês devem imaginar que o trabalho infantil não era um problema e há até hoje quem considere que criança deve trabalhar, ao invés de brincar, ou mesmo estudar", observou.
Os estudantes Eduarda Naiara, de 16 anos, e Willian Eleutério, de 17 anos, integrantes do Comitê de Participação do Adolescente do Conanda, cobraram a efetiva aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente e a destinação de mais recursos para programas voltados a esse público.
“Além de novas leis, precisamos que as que já existem sejam implementadas e efetivadas. O lugar de criança e adolescente, é sim, no Orçamento”, disseram os jovens. (Por Sabrina Craide e Pedro Rafael Vilela/Agência Brasil)
Leia também:
> Pesquisa aponta redução de ataques a jornalistas em 2023
> Governo prevê R$ 665 milhões em ações para jovens negros
> Brasil terá campanha contra exploração e abuso de crianças
> A cada 24 horas, ao menos 8 mulheres são vítimas de violência
> Carnaval da Serra vai ter campanha contra o assédio
> Sete em cada 10 mulheres têm medo de assédio no carnaval
> Brasil registrou 145 assassinatos de pessoas trans em 2023
> Economia solidária é ferramenta para população de rua
> Mais de 2,8 mil pessoas deixam trabalho análogo à escravidão
> Disponibilização de água passa a ser obrigatória em eventos
> 7 estados posicionam política contra racismo no 1º escalão
TAGS: LULA | CRIANÇAS | ADOLESCENTES | OPORTUNIDADES | GOVERNO