EDUCAÇÃO

Mais de 85% dos alunos do EaD são trabalhadores, diz MEC

Modalidade pode ser a solução para quem precisa integrar estudos e atribuições do dia a dia.

Em 22/11/2023 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: FREEPIK

Se bem estruturado e bem aplicado, o ensino a distância (EaD) é uma opção que pode contribuir para a democratização do acesso à educação, já que acaba tornando o ensino mais acessível para estudantes de diferentes classes sociais e regiões do país.


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O ensino a distância (EaD) vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil. Dois em cada três matriculados, são para a modalidade, segundo o Ministério da Educação. Isso se deve, em parte, ao fato de ser uma opção para conciliar os estudos com outras atividades, como trabalho, cuidar da família, além de outras prioridades. 

De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2022, do Ministério da Educação (MEC), 85% dos alunos de EaD também trabalham. Isso demonstra que essa alternativa de estudo está ainda mais popular para quem precisam conciliar diferentes afazeres.  

Flexibilidade

Além disso, a flexibilidade que o modelo oferece aos estudantes acaba se tornando um fator singular. A rotina, horários e tudo aquilo que for adaptável é levado em consideração para as pessoas que precisam estudar em momentos que sejam mais convenientes no seu dia a dia. Isso pode ser especialmente importante para estudantes que, por exemplo, trabalham na maior parte do dia ou que possuam responsabilidades familiares. 

Nos últimos anos, o EaD foi o principal responsável pelo crescimento do ensino superior no Brasil. Isso se deve em grande parte pela queda da quantidade de alunos no ensino presencial - impactado pelo fim do FIES. O ensino a distância tem ofertado cursos com mensalidades mais acessíveis, com algumas atividades sendo realizadas dentro da sala de aula, e comprometendo, em média, 17% da renda do aluno conta 30% da graduação presencial. 

Diretrizes

A modalidade, assim como os cursos presenciais, segue as Diretrizes Curriculares Nacionais, que exigem a presença dos estudantes em atividades práticas, participação em atividades de extensão, estágios práticos, avaliação e outras necessidades observadas para a conclusão dos cursos. 

O diretor da Faculdade Anhanguera, Roberson Fonte, destaca que a situação atual dos estudantes do ensino superior é marcada por diversas demandas profissionais, responsabilidades domésticas e de mobilidade.

“A situação atual dos estudantes do ensino superior é marcada pela presença de diversas demandas profissionais, responsabilidades domésticas e desafios de deslocamento, que representam obstáculos significativos para a conclusão de uma graduação. Nesse contexto, a Educação a Distância (EaD) surge como a única solução possível e viável para esse público. Essa modalidade possibilita que os alunos acessem conteúdo educacional de qualquer lugar e a qualquer momento, facilitando assim a conciliação entre os estudos e outras responsabilidades”, afirma o diretor.

Novas regulamentações

Nos últimos meses, o Ministério da Educação vem desenvolvendo um estudo e já anunciou que fará mudanças no regramento do ensino a distância (EaD), especialmente, para determinados cursos como: formação de professores (Pedagogia), formação das áreas da Medicina, entre outros, cujo objetivo o cumprimento de todas as etapas dos cursos, associando as aulas teóricas e as aulas práticas, seguindo as novas regulamentações do MEC, afim de preservar a qualidade do ensino, a boa formação dos profissionais.

Se bem estruturado e bem aplicado, o ensino a distância (EaD) é sim, uma opção que pode contribuir para a democratização do acesso à educação, já que acaba tornando o ensino mais acessível para estudantes de diferentes classes sociais e regiões do país, inclusive para aqueles que precisam conciliar os estudos com outras funções que necessitam exercer diariamente. (Por Nagila Macedo Pires/AsImp)

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