SAÚDE
Médico alerta para a importância de vacinar contra Poliomielite
No Hospital HIMABA, em Vila Velha, o pediatra e coordenador Renan Barreto, alerta para os riscos.
Em 24/10/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com o médico pediatra e coordenador do HIMABA, Renan Barreto, a vacinação funciona como um “treinamento para o organismo”. Isso permite que o sistema imunológico possa aprender a reconhecer e combater determinado patógeno.
O Dia Mundial de Combate à Poliomielite, que é lembrado neste dia 24 de outubro, reforça a importância da vacinação como forma eficaz de prevenção contra a doença. Nos últimos anos, o Espírito Santo vem ampliando a cobertura vacinal do esquema primário contra a poliomielite em crianças, cenário esse comemorado pelos profissionais de saúde. No Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (HIMABA), em Vila Velha, o médico pediatra e coordenador assistencial da unidade, Renan Barreto, alerta para a importância da vacinação.
De acordo com o profissional, a vacinação funciona como um “treinamento para o organismo”. Isso permite que o sistema imunológico possa aprender a reconhecer e combater determinado patógeno.
“A cada nova dose, aumenta-se o potencial de cobertura vacinal e, consequentemente, a proteção coletiva”, disse Barreto.
Segundo dados do sistema Vacina e Confia, da a Secretaria da Saúde (Sesa), a cobertura vacinal da vacina contra a Poliomielite passou de 77,93% em 2021 para 93,65% em 2024. A meta de cobertura preconizada pelo Ministério da Saúde para este imunizante é de 95%. O último caso de infecção pelo poliovírus no Brasil ocorreu em 1989, e no Espírito Santo, em 1987.
O médico lembra que, atualmente, com a rotina corrida e obrigações dos pais e responsáveis, muitos acabam “deixando de lado esse dever invisível de manter a vacinação em dia”. Ele pontua ainda que a ausência da poliomielite pode gerar uma “falsa sensação de segurança”, e adverte.
“É como se a doença tivesse deixado de existir. No entanto, é justamente o contrário, pois o vírus não circula porque as pessoas estão vacinadas. Se deixarmos de vacinar, ele pode voltar a circular”, lembrou Barreto.
No último ano, o protocolo de imunização contra a pólio foi atualizado. Passando a utilizar a vacina inativada poliomielite (VIP), e não mais a tradicional “gotinha” (vacina oral poliomielite – VOP). Segundo Renan Barreto, essa mudança traz um método mais seguro e eficaz, uma vez que a VIP é produzida com o vírus inativado, ou seja, morto, o que reduz a possibilidade de ocorrência de eventos adversos em comparação à vacina oral.
“Mesmo após quase seis anos do início da pandemia, ainda há famílias que optam por não vacinar seus filhos, apesar de todas as evidências científicas comprovando a segurança e eficácia das vacinas. Esse comportamento, muitas vezes influenciado por informações falsas, leva à recusa vacinal e à redução da proteção da comunidade”, disse o médico.
Até 31 de outubro
A Secretaria da Saúde (Sesa) realiza, até o dia 31 de outubro, a Campanha de Multivacinação, com o objetivo de atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. A ação é voltada para quem ainda não recebeu todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação ou possui esquemas incompletos. A vacina contra a poliomielite é um dos imunizantes ofertados durante a campanha.
O pediatra do Himaba reforçou o convite para que as famílias atualizem o calendário vacinal de suas crianças e adolescentes. Para Renan Barreto, as campanhas de vacinação são movimentos sociais de grande importância para a imunização e a proteção coletiva.
“Para manter o atual status sanitário do Brasil, é essencial que a população continue sendo vacinada. Doenças preveníveis, como o sarampo e a poliomielite, podem ser evitadas com vacinas disponíveis pelo SUS”, recomendou Barreto. (Com informações da Sesa)
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