SAÚDE
Mercado de planos de saúde apresenta estabilidade.
Abramge lança a terceira edição do Cenário da Saúde
Em 16/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Segundo estimativa do periódico trimestral ‘Cenário da Saúde’, publicação da Abramge, entidade que representa as operadoras de planos de saúde, o mercado de planos médico-hospitalares recuou 0,02% no primeiro trimestre de 2015, ou seja, houve uma redução de mais de 10 mil beneficiários nas operadoras da saúde suplementar. Antonio Carlos Abbatepaolo, diretor executivo da Abramge, alerta: “O desempenho do mercado de planos médico-hospitalares este ano dependerá fundamentalmente do desempenho econômico do país no segundo semestre. Com base nos indicadores analisados, nossa perspectiva para o número de beneficiários é de estabilidade ou mesmo de queda num cenário mais pessimista, o que seria inédito no setor.”
As projeções do nível de atividade econômica em 2015 são de forte retração, o que deve se refletir na queda do número de empregos com carteira assinada. No último mês de maio houve a maior baixa mensal já registrada – 115 mil vagas fechadas segundo o CAGED/MTE (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho) desde o início da apuração, em 2004. Os dados do CAGED em maio constatam também que a taxa de desemprego alcançou 6,7%, o maior indicador em quatro anos, o que afeta diretamente os planos de saúde empresariais.
Uma análise mais aprofundada dos dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) feita desde o terceiro trimestre de 2011, mostra que o cenário negativo está mais disperso pelo país. Pela primeira vez, em um universo de quase 1 mil operadoras de planos de saúde médico-hospitalares, um número maior de empresas registrou perda de beneficiários em relação à quantidade que obteve ganho. No primeiro trimestre do ano, 47,1% das operadoras tiveram redução no número de beneficiários, enquanto 45,1% tiveram aumento – 7,8% permaneceram estáveis.
Mesmo com as variáveis do PIB e a taxa de desemprego apontarem para uma eventual queda do número de beneficiários, de acordo com recente pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), os planos de saúde aparecem em 3° lugar entre os maiores desejos do brasileiro.
No levantamento, 75% dos entrevistados disseram estar "satisfeitos ou muito satisfeitos" com os serviços oferecidos pelas suas operadoras de saúde. “A pesquisa aponta ainda que 94% dos brasileiros acham que o plano de saúde é essencial e, para 84% dos entrevistados, o principal motivo é a qualidade do atendimento”, conclui Abbatepaolo.
Conjuntura – Mercado de Planos Médico-Hospitalares
Crise mais recente (2009) |
2015 |
180 mil vagas criadas (mercado de trabalho formal) entre jan e mai de 20151 |
278 mil vagas fechadas (mesmo período)1 |
-0,57% expectativa de variação do PIB (19/jun/2009)2 |
-1,45% expectativa de retração do PIB (19/jun/2015)2 |
4,40% expectativa de inflação (19/jun/2009)2 |
8,97% expectativa da inflação (19/jun/2015)2 |
-2,1% de queda na renda média real entre jan e mai de 2015 (de R$ 1.947 para R$1.906)3 |
-6,5% de queda na renda média real no mesmo período (de R$ 2.264 para R$2.117)3 |
Planos de saúde |
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0,05% de aumento de beneficiários de planos médicos (1° tri/2009) |
-0,02% de perda de beneficiários de planos médicos (1° tri/2015) |
Fonte: Euro Comunicação