MOTOR

Mercedes-Benz feito para Hitler não atinge valor mínimo em leilão

Lance mais alto foi de US$ 7 milhões, longe dos US$ 10 milhões estimados.

Em 19/01/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Um automóvel da marca Mercedes-Benz, de 1939, utilizado por Adolf Hitler não conseguiu um comprador no leilão realizado nos Estados Unidos, informou a casa de leilão Worldwide Auctioneers.

O lance mais alto foi de US$ 7 milhões (cerca de R$ 22,5 milhões), longe dos US$ 10 milhões (R$ 32 milhões) que eram estimados pelo carro, que foi usado por durante a II Guerra Mundial.

A empresa especializada em leilões veículos clássicos informou que as "negociações continuam".

O modelo "W150 770k Grosser Offener Tourenwagen", apelidado "SuperMercedes" foi fabricado especialmente para o ditador alemão. De cor preta, o carro é conversível, o que facilitava o uso em desfiles.

A lataria e o motor foram reformados, mas o interior permanece praticamente da forma original, segundo os organizadores do leilão.

Ele é empurrado por motor 7.7 litros, que rende até 230 cavalos de potência com o supercharger acionado.

Ao fim da II Guerra Mundial, o carro, um dos cinco do modelo que a empresa alemã fabricou e o único que ainda existe, passou aos Estados Unidos e foi utilizado por militares americanos em Le Havre, na França.

Depois ele se tornou propriedade de um belga, passou para um americano e foi acabar com uma associação de Veteranos de Guerra, no Tennessee, onde foi usado por anos até ser estacionado em uma garagem.

Em 1976, ele foi descoberto e restaurado por um empresário e colecionador. A "SuperMercedes", então, já tinha rodado mais de 33 mil quilômetros e ficou exposta no Museu de Antiguidades Automobilísticas de Chicago, que chegou a cifrá-lo em US$ 1 milhão.

A Worldwide Auctioneers informou que 10% do valor arrecadado na venda será doado ao Centro Simon Wiesenthal, que ajuda a combater ideologias radicais.

O centro tem o nome do famoso "caçador de nazistas", sobrevivente de 12 campos de concentração que levou a julgamento mais de 1.100 criminosos de guerra no mundo todo.

(Foto: Laura Segall/Agence France-Presse/AFP)