NEGÓCIOS

Minério salta 6% para mais de US$160 a tonelada na China

Na Bolsa de Dalian encerrou as negociações com alta de 6,2%, a 164,15 dólares) a tonelada.

Em 19/12/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: REUTERS/Melanie Burton

Os benchmarks de Dalian e Cingapura subiram mais de 20% este mês, com um anúncio da mineradora brasileira Vale em 2 de dezembro de metas de produção reduzidas para 2020 e 2021, adicionando combustível a um rali impulsionado pela intensa demanda de aço da China.

Os contratos futuros do minério de ferro no maior produtor global de aço, a China, atingiram máximas nesta sexta-feira, com a commodity mais “quente” deste ano marcando seu sétimo ganho semanal consecutivo, diante do otimismo sobre a demanda e as preocupações com a oferta.

O minério de ferro mais negociado para entrega em maio na Bolsa de Commodities de Dalian encerrou as negociações com alta de 6,2%, a 1.073,50 iuanes (164,15 dólares) a tonelada, depois de atingir uma máxima de contrato de 1.076,50 iuanes. O minério de ferro na Bolsa de Cingapura subiu 4,1%, para 163,40 dólares a tonelada. Os benchmarks de Dalian e Cingapura subiram mais de 20% este mês, com um anúncio da mineradora brasileira Vale em 2 de dezembro de metas de produção reduzidas para 2020 e 2021, adicionando combustível a um rali impulsionado pela intensa demanda de aço da China.

A Austrália

Sinais de fraqueza nas exportações de minério de ferro do principal fornecedor, a Austrália, também apoiaram a matéria-prima do aço, que avançou apesar de uma chamada para uma investigação regulatória sobre a alta dos preços pelas grandes produtoras de aço chinesas.

O minério de ferro de Dalian avançou cerca de 123% este ano, colocando o produto no caminho de ser a commodity de melhor desempenho globalmente pelo segundo ano consecutivo, já que também se beneficia de uma enxurrada de apostas especulativas.

O minério de ferro “spot” na China fechou a 164,50 dólares a tonelada nesta sexta-feira, maior valor pelo menos desde 2011, mostraram dados da consultoria SteelHome.

Apesar da desaceleração do inverno na produção de aço da China, os estoques caíram de forma constante à medida que a desestocagem continuou. (Reuters)