POLICIA

Ministra do TSE nega liberdade a ex-governador Anthony Garotinho.

Ex-governador do RJ foi preso em operação que apura compra de votos.

Em 17/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou na noite desta quarta-feira (16) um pedido de liberdade movido mais cedo pela defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, preso pela Polícia Federal.

Preso por suspeita de envolvimento com um esquema de compra de votos, Garotinho passou mal e foi levado para o hospital Souza Aguiar, no Centro, no fim da tarde desta quarta, onde passou por uma avaliação médica.

A mulher do ex-governador do Rio, Rosinha Garotinho, chegou ao hospital Souza Aguiar por volta das 2h desta quinta (17). Ela não falou com a imprensa.

No pedido de prisão de Garotinho, aceito pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, a Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes (RJ) – cidade onde o ex-governador ocupa o cargo de secretário de Governo – apontou compra de voto, associação criminosa e coação.

Garotinho foi preso nesta quarta na Operação Chequinho, que apura fraudes no programa Cheque Cidadão.

Segundo as investigações, em troca de votos, eleitores eram inscritos no programa que dá R$ 200 por mês a famílias de baixa renda.

Os advogados do ex-governador negam as acusações e dizem que a prisão foi ilegal.

Anthony Garotinho foi governador do estado do Rio de Janeiro de 1998 a 2002, quando concorreu à presidência. A mulher dele, Rosinha Garotinho, foi eleita governadora do estado, e ele foi secretário de Segurança de seu governo. Neste período, uma série de denúncias de crimes eleitorais e comuns recaíram sobre o casal.

Investigações

A Operação Chequinho investiga um esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Segundo o Ministério Público Estadual, em troca dos votos, a prefeitura oferecia inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, que dá R$ 200 por mês a cada beneficiário.

A operação começou em setembro deste ano, quando o MPE e a PF viram um "crescimento desordenado" do Cheque Cidadão. Em dois meses, o número de inscritos passou de 12 mil para 30 mil. Desde então, a operação prendeu vereadores, eleitores e outros envolvidos no caso. Todos já foram soltos.

Mariana Oliveira/g1-Brasília