POLÍTICA INTERNACIONAL
Ministros pedem que EUA desistam de reconhecer Jerusalém
Liga Árabe defende que decisão de Trump vai aumentar violência na região.
Em 10/12/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Ministros de Exteriores da Liga Árabe pediram aos Estados Unidos que desistam da decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, defendendo que o anúncio vai aumentar a violência na região. A decisão foi anunciada após reunião extraordinária realizada em Cairo, no Egito, no sábado (9).
Em comunicado, a Liga Árabe diz que o pronunciamento do presidente dos EUA Donald Trump na quarta (6) foi "uma perigosa violação às leis internacionais".
"A decisão não tem efeito legal (...) e aprofunda a tensão, inflama a raiva e ameaça mergulhar a região em mais violência e caos", afirma a nota.
De acordo com a agência Reuters, o ministro de Exterior do Líbano, Gebral Bassil, chegou a sugerir a imposição de sanções econômicas aos EUA para impedir a mudança da embaixada do país de Tel Aviv para Jerusalém.
"Medidas preventivas devem ser tomadas (...) começando com medidas diplomáticas, depois políticas, e então sanções econômicas e financeiras", afirmou Bassil.
A Liga Árabe disse ainda que vai procurar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para rejeitar o anúncio dos EUA. França e Turquia já anunciaram que trabalharão juntos para dissuadir Trump de sua decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
A Coreia do Norte chamou Donald Trump de "doente mental senil". Os xingamentos foram publicados em um comunicado divulgado no sábado pela imprensa estatal norte-coreana.
Conflitos na Faixa de Gaza
Dois palestinos morreram no sábado em um ataque aéreo israelense em represália aos disparos de foguete a partir da Faixa de Gaza, um dia depois da advertência da ONU contra uma "escalada da violência" após a polêmica decisão de Trump sobre Jerusalém.
Outros dois palestinos faleceram na sexta-feira (8), durante o chamado "dia da ira" em Jerusalém, Cisjordânia ocupada e Gaza, quando milhares de palestinos enfrentaram soldados e policiais israelenses. Os confrontos também deixaram dezenas de feridos.
(Foto: Mohamed Abd El Ghany/Reuters)