Modelo de gestão capixaba é referência para Governo do Ceará

“É muito bom ver gestores tão comprometidos com gestão pública, eficiência e responsabilidade fiscal. Gestores com conhecimento. Isso me faz ter esperança de que nosso país vai mudar. Se continuarmos com a filosofia que conheci no Espírito Santo, estou certo de que o Brasil mudará, sim”. 

 

Foi o que disse o secretário da Casa Civil do Governo do Ceará, Alexandre Landim. Ele veio ao Espírito Santo conhecer como funciona o sistema de gerenciamento de projetos estruturantes do Governo Estadual, realizado por meio da Secretaria de Estado de Economia e Planejamento (SEP).  

 

Por meio do Escritório de Projetos da SEP, o Governo aplica uma metodologia de gerenciamento intensivo em 21 projetos estruturantes, realizando reuniões quinzenais com os envolvidos na execução de cada um deles para que sejam garantidas as entregas à população. Entre esses projetos estão o Escola Viva e o Ocupação Social.

 

Landim esteve com o governador Paulo Hartung na terça-feira (05) e nesta quarta-feira (06) reuniu-se com o secretário da SEP, Regis Mattos Teixeira, e com a equipe da Subsecretaria de Planejamento e Projetos da secretaria, que atua na gestão da Carteira de Projetos Estruturantes.

 

“Vim conhecer a experiência do Espírito Santo na priorização, no sistema de acompanhamento e na junção dos atores envolvidos nos projetos. Um modelo bem maduro”, explicou Landim, acrescentando que, no Ceará, o modelo e o sistema aplicados foram desenvolvidos e criados dentro do próprio Governo Estadual, que agora conta com assessoramento de uma empresa privada de consultoria para aperfeiçoá-lo.

 

“No Espírito Santo há um gerente responsável por cada projeto, a personificação do gerenciamento que não temos lá, mas que considero interessante”, diz o secretário, acrescentando: “Aqui, os projetos estruturantes são tratados de forma tão relevante que sua gestão fica separada de tantas outras atribuições, ao contrário do que acontece no Ceará, onde sou responsável por várias áreas”.

 

 

Para o secretário da Casa Civil do governo cearense, em um ano de crise no país como o atual, onde há tão poucos recursos, é fundamental que os gestores saibam priorizar, utilizando recursos de forma correta, específica.  

 

“Às vezes, a falta de um planejamento, de visão e de hierarquização dos projetos prioritários faz com que se pulverize a verba que já é escassa, e acabamos por não se ter o resultado prático mais efetivo para a população”, argumenta ele.

 

Landim, que tem formação nas áreas de Direito e Arquitetura, está atuando na gestão pública há um ano e três meses, e admite: “Tenho um ritmo intenso, quero fazer tudo andar bem e rápido. Mas, muitas vezes, me sinto com uma locomotiva funcionando com um monte de vagão, com freio puxado”. 

 

Além do Espírito Santo, ele também buscou conhecer o modelo de gestão de Niterói, no Rio de Janeiro. “É muito bom esse benchmarking, conhecer experiências positivas de gestão, de eficiência e responsabilidade como também adotamos no Ceará. Assim, dá para a gente acreditar que o país pode mudar para melhor”, diz ele.