Moradores mapeiam locais de assaltos na Grande Vitória

A universitária Karollarry Carvalho contou que os cartazes no bairro Campo Grande, em Cariacica, foram colados no bairro em fevereiro, depois da paralisação da Polícia Militar do Espírito Santo, quando os roubos aumentaram. “Os moradores começaram a colocar para ver se chamava a atenção das autoridades”.

“É um clima de insegurança total. Às vezes, eu chego tarde da faculdade e eu não vejo nenhum carro de polícia, eu não vejo moto, polícia à paisana também não tem”, reclamou a jovem.

Enquanto a equipe de reportagem estava no bairro, um carro de polícia fazia o patrulhamento. Segundo o comandante da 2ª Companhia do 7º Batalhão da PM, capitão Pereira, esse trabalho já vem acontecendo com frequência,orientado por indicadores estatísticos semanais.

“Acontece policiamento durante 24 horas, não só em Campo Grande, mas em qualquer bairro de Cariacica”, afirmou.

No bairro Alvorada, em Vila Velha, os moradores colocaram placas avisando para as pessoas evitarem o uso de celular na rua.

A ideia foi do motorista Ronaldo Alvarenga. “Nós estamos cansados de ser roubados. Nós estamos à mercê dos ladrões. Não podemos sair do carro com celular”, desabafou.

A aposentada Penha Armani foi assaltada no dia 6 de setembro, às 8h da manhã. “Eles chegaram numa moto vermelha. O que estava no carona saiu com revólver e pediu o que eu tinha no bolso. Eu falei que não tinha nada. Ele disse que, se eu não tivesse, ele ia me dar um tiro. Aí eu deixei a minha bolsa”, relatou.

A Polícia Militar informou que está ciente das dificuldades vividas pelas comunidades de Vila Velha e que tem intensificado seus recursos para diminuir os índices criminais no município.

(Foto: Reprodução / TV Gazeta)