CIDADANIA
MPT-ES e parceiros destinam recursos para vítimas da violência
A destinação de R$ 36 mil beneficiou 23 mulheres na confecção de máscaras.
Em 03/06/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Diante da pandemia do novo coronavírus, solidariedade e união de esforços se multiplicam para proteger quem vive em situação de vulnerabilidade. Pensando nisso, o Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a Secretaria Municipal de Assistência Social de Vila Velha (Semas) e o Instituto de Inovação Win, desenvolveu o projeto “Proteção Solidária” a partir de uma destinação no valor de R$ 36 mil. A iniciativa permitiu a geração de renda para 23 mulheres vítimas de violência doméstica ou em situação vulnerável. A equipe, formada por costureiras e ajudantes, trabalhou, dentro de sua própria casa, na confecção de máscaras de tecido.
O projeto apoiou, aproximadamente, 115 pessoas, como filhos, pais e demais familiares das profissionais que serão beneficiadas com a renda recebida. Além disso, a iniciativa alcançará e protegerá 4800 pessoas de comunidades vulneráveis dos municípios de Serra, Vila Velha e Cariacica, a partir da distribuição de kits com duas máscaras para cada um, ou seja, totalizando 9600 máscaras.
“O projeto possibilitará, neste momento de pandemia, a geração de renda para mulheres que precisam prover o sustento de suas famílias e, ainda, beneficiará inúmeros cidadãos de comunidades mais vulneráveis, os quais terão acesso às máscaras mediante doação”, disse a procuradora e responsável pela destinação, Sueli Teixeira Bessa.
Empoderamento
As mulheres que produziram os itens foram selecionadas pelo Instituto de Inovação Win e pelo Centro de Referência no Atendimento Especializado à Mulher em Situação de Violência Doméstica de Vila Velha (Cramvive). Esse público feminino integra o projeto social “Mulheres Superando o Medo”, o qual desenvolve um trabalho de empoderamento, atendimento psicossocial, treinamento de combate à violência doméstica e busca promover a autonomia financeira dessas participantes.
A ajudante de costura, Paula Crizanto da Silva, ficou bem satisfeita em trabalhar neste projeto.
“Eu agradeço a oportunidade de participar do projeto Proteção Solidária porque neste momento de pandemia ter uma renda extra é de suma importância para mim e para a minha família. Estou desempregada, tenho dois filhos, então isso me ajuda bastante".
Recomeço
Muitas mudanças podem ocorrer com esse projeto que visa garantir autonomia financeira a vítimas de violência e ajuda a fomentar a economia local.
“Uma das ajudantes que estava escalada, não pôde comparecer por motivos de saúde. No entanto, quando chegamos no Senai, no primeiro dia do projeto, recebemos a ligação de uma aluna de um outro projeto nosso. No telefonema, ela pedia um certo valor emprestado, mas oferecemos a oportunidade. Meia hora depois apareceu lá no local para iniciar. Com o recurso que a Maria Batista dos Santos recebeu do projeto “Proteção Solidária”, ela investiu num pequeno negócio na garagem da casa dela e já conseguiu duplicar o valor que ganhou. O projeto foi a oportunidade de que ela precisava para recomeçar”, relatou a coordenadora de Projetos do Instituto Win, Isabel Cristina Vieira da Silva Berlinck..
Verba
O recurso financeiro é proveniente de acordo judicial firmado nos autos da Ação Civil Pública (ACP) nº 0110600-90.2008.5.17.0008 (PAJ 000389.2008.17.000/1), devidamente homologado pela Justiça do Trabalho. (Por Liege Nogueira - Com Assessoria de Imprensa do MPT-ES)