POLÍTICA INTERNACIONAL
Mulher de Trump chama comentários do marido de inaceitáveis e ofensivos.
Vice se disse ofendido por declarações de Trump sobre mulheres em vídeo.
Em 09/10/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A esposa de Donald Trump classificou os comentários feitos pelo candidato sobre mulheres em 2005, quando já era casado, de "inaceitáveis e ofensivos", mas pediu que seu pedido de desculpas seja aceito.
Na sexta-feira (07/10), o jornal The Washington Post divulgou um vídeo de 2005 no qual Trump aparece usando termos vulgares para se referir às mulheres.
"As palavras usadas por meu marido são inaceitáveis e ofensivas para mim. Elas não representam o homem que eu conheço", afirmou Melania Trump em comunicado.
"Ele tem mente e coração de um líder. Espero que as pessoas aceitem suas desculpas, como eu fiz, e que se concentrem nas questões importantes que a nação e o mundo enfrentam", completou.
Imerso na pior crise de sua campanha presidencial após a divulgação do vídeo de 2005 em que menospreza as mulheres, o republicano Donald Trump está na defensiva antes do segundo debate com sua rival democrata Hillary Clinton.
Trump se desculpou nas primeiras horas deste sábado, depois que o The Washington Post divulgou o vídeo, que caiu como uma bomba na campanha, gerando rejeição nas fileiras republicanas e dando a Hillary Clinton munição fresca para o debate de domingo em St. Louis.
"Não posso continuar apoiando conscientemente essa pessoa para a presidência", disse o congressista republicano Jaseon Chaffetz, de Utah, à rede Fox.
"Estou doente pelo que ouvi hoje", expressou em um comunicado o chefe da bancada republicana no Congresso, Paul Ryan.
"As mulheres devem ser defendidas e reverenciadas, e não tratadas como objetos. Espero que Trump encare esta situação com a seriedade que ela merece e trabalhe para demonstrar ao país que ele tem o maior respeito pelas mulheres", acrescentou.
Vários republicanos chegaram inclusive a pedir que Trump abandonasse a corrida presidencial. Entre eles, os congressistas Barbara Comstock e Mike Coffman, e o ex-governador de Utah Jon Huntsman.
O senador por Utah Mike Lee fez o mesmo: "Respeitosamente lhe peço, com todo o respeito, que se afaste".
Já o senador de Illinois Mark Kirk disse no Twitter que Trump deve "abandonar" a disputa eleitoral e que o Partido Republicano precisa "empregar regras para uma substituição de emergência".
Mas neste sábado, Trump veio a público dizer que há "zero chance" de ele abandonar a corrida pela Casa Branca.
"Zero chance de que eu abandone", afirmou ao jornal The Wall Street Journal. "Nunca, jamais, me dou por vencido", disse.
Mike Pence, companheiro de chapa de Donald Trump, disse neste sábado estar ofendido com as declarações do candidato.
A esposa de Donald Trump classificou os comentários feitos pelo candidato sobre mulheres em 2005, quando já era casado, de "inaceitáveis e ofensivos", mas pediu que seu pedido de desculpas seja aceito.
Na sexta-feira (07/10), o jornal The Washington Post divulgou um vídeo de 2005 no qual Trump aparece usando termos vulgares para se referir às mulheres.
"As palavras usadas por meu marido são inaceitáveis e ofensivas para mim. Elas não representam o homem que eu conheço", afirmou Melania Trump em comunicado.
"Ele tem mente e coração de um líder. Espero que as pessoas aceitem suas desculpas, como eu fiz, e que se concentrem nas questões importantes que a nação e o mundo enfrentam", completou.
Imerso na pior crise de sua campanha presidencial após a divulgação do vídeo de 2005 em que menospreza as mulheres, o republicano Donald Trump está na defensiva antes do segundo debate com sua rival democrata Hillary Clinton.
Trump se desculpou nas primeiras horas deste sábado, depois que o The Washington Post divulgou o vídeo, que caiu como uma bomba na campanha, gerando rejeição nas fileiras republicanas e dando a Hillary Clinton munição fresca para o debate de domingo em St. Louis.
"Não posso continuar apoiando conscientemente essa pessoa para a presidência", disse o congressista republicano Jaseon Chaffetz, de Utah, à rede Fox.
"Estou doente pelo que ouvi hoje", expressou em um comunicado o chefe da bancada republicana no Congresso, Paul Ryan.
"As mulheres devem ser defendidas e reverenciadas, e não tratadas como objetos. Espero que Trump encare esta situação com a seriedade que ela merece e trabalhe para demonstrar ao país que ele tem o maior respeito pelas mulheres", acrescentou.
Vários republicanos chegaram inclusive a pedir que Trump abandonasse a corrida presidencial. Entre eles, os congressistas Barbara Comstock e Mike Coffman, e o ex-governador de Utah Jon Huntsman.
O senador por Utah Mike Lee fez o mesmo: "Respeitosamente lhe peço, com todo o respeito, que se afaste".
Já o senador de Illinois Mark Kirk disse no Twitter que Trump deve "abandonar" a disputa eleitoral e que o Partido Republicano precisa "empregar regras para uma substituição de emergência".
Mas neste sábado, Trump veio a público dizer que há "zero chance" de ele abandonar a corrida pela Casa Branca.
"Zero chance de que eu abandone", afirmou ao jornal The Wall Street Journal. "Nunca, jamais, me dou por vencido", disse.
Mike Pence, companheiro de chapa de Donald Trump, disse neste sábado estar ofendido com as declarações do candidato.
"Não concordo com estas declarações e não posso defendê-las", disse Pence em um comunicado, acrescentando que Trump terá a oportunidade de "mostrar o que está em seu coração" no domingo durante o segundo debate presidencial contra a democrata Hillary Clinton.
O vídeo
Em 2005, Trump era um executivo e astro da televisão que acabava de se casar com sua terceira esposa, Melania Knauss.
No vídeo, o magnata conta ao apresentador de televisão sua primeira tentativa frustrada de seduzir uma mulher, cujo nome não foi divulgado.
"Eu parti para cima dela e falhei. Admito para você", contou Trump. "Uau", diz uma outra voz. "Eu parti para cima dela como uma cachorra, mas não consegui comer. E ela era casada", continua.
A conversa continua até que os dois homens veem uma atriz que os espera do lado de fora do veículo, Arianne Zucker.
"Tenho que usar um Tic Tac, no caso de eu começar a beijá-la", afirma Trump. "Você sabe, eu sou automaticamente atraído pelas mulheres bonitas - eu simplesmente começo a beijá-las", completa.
As desculpas
"Eu disse, errei, e peço perdão", disse Trump em sua mensagem televisionada.
"Qualquer um que me conheça sabe que essas palavras não refletem que eu sou. Eu disse, errei e me desculpo".
"Isso foi uma brincadeira de vestiário, uma conversa privada que aconteceu muitos anos atrás", justificou-se.
"Nunca disse que eu era uma pessoa perfeita, nem pretendo ser outra pessoa que não eu mesmo", destacou o candidato republicano à presidência.
"Comprometo-me a ser um homem melhor amanhã, e não decepcioná-los jamais", disse Trump, que classificou este escândalo como uma "distração" eleitoral.
Ataques
Mas, imediatamente, o magnata lançou um ataque indireto contra sua rival democrata, Hillary Clinton, acusando seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, de maltratar as mulheres.
"Eu disse coisas idiotas, mas existe uma grande diferença entre as palavras e os atos de outras pessoas. Bill Clinton realmente maltratou as mulheres, e Hillary perseguiu, atacou, humilhou e intimidou suas vítimas", disse.
"Falaremos disso nos próximos dias", advertiu Trump.
A publicação do vídeo chega oportunamente para a campanha democrata, que contratou um especialista para divulgar uma compilação de declarações antigas e recentes de Trump falando sobre as mulheres.
"Isso é terrível. Não podemos permitir que esse homem seja presidente", disse sua rival democrata, Hillary Clinton, em sua conta no Twitter.
A quatro semanas das eleições e a menos 48 horas do segundo debate presidencial, Trump precisa ampliar sua popularidade entre os eleitores moderados, as minorias e as mulheres.
Nos últimos dias, o magnata tem sido alvo de duras críticas por ter maltratado a ex-Miss Universo venezuelana Alicia Machado, ao chamá-la de "gorda" anos atrás, assunto que Hillary ventilou no primeiro debate presidencial.
Os insultos contra a comediante Rosie O'Donnell, com comentários sobre seu cabelo, e a colaboradoras da organização Trump e do programa "O Aprendiz" que denunciaram abordagens inapropriadas, se somam à lista de comportamentos criticados do candidato.
France Presse