CIDADANIA
Mulheres protestam por direitos iguais no Dia 8 de março, em Vitória.
Manifestantes participam do Bloco das Feministas, na capital do estado.
Em 08/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Capixabas ocuparam as ruas de Vitória, capital do Espírito Santo, na manhã desta terça-feira (8), Dia Internacional da Mulher, para pedirem direitos iguais entre os gêneros.
O 'Bloco das Feministas na rua contra o machismo, o racismo e o capital' se concentrou às 8h da manhã da Praça de Jucutuquara, e seguiu em direção ao Palácio Anchieta.
Por volta das 11h, as manifestantes passavam pela Curva do Saldanha, a caminho do centro da capital. A Polícia Militar estima a presença de 179 pessoas no protesto. Já a organização, 400.
Integrantes do Movimento Sem Terra (MST) que participam da ocupação na Secretaria de Educação (Sedu) também se juntaram ao grupo das feministas, na Avenida Vitória.
As feministas pedem pelo fim da violência contra a mulher, mais direitos reprodutivos, o fim do racismo institucional, a reforma agrária, o fim do sucateamento das políticas públicas e direitos iguais à todas as mulheres: quilombolas, indígenas, camponesas, lésbicas, bissexuais e transsexuais.
De acordo com Suellen Suzano, membro do Fórum de Mulheres do Espírito Santo, que organiza o evento, o objetivo do ato é reunir as mulheres na luta por direitos iguais entre os gêneros.
"Vivemos em uma realidade de muita violência, de muita intolerância, de muita desigualdade e apesar do estado ter passado para o segundo lugar em femincídios, nós ainda vão vemos uma mudança nas políticas públicas para a mulher e isso, somado a essa crise do capital, afeta muito as mulheres, especialmente as mulheres pobres e negras", disse Suellen.
Bloco
O 'Bloco das Feministas' se divide em cinco alas, que retratam as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no dia a dia: da crise, da violência, da saúde, das mulheres do campo e da diversidade sexual.
Suellen explica que a data, muitas vezes interpretada como uma homenagem às mulheres, deve ser considerada um dia de luta e de reivindicação por direitos iguais entre os gêneros.
"A ideia não é comemorar um dia de dar flores, até porque isso de certa forma já reforça essa ideia de fragilidade da mulher. Podemos até comemorar, mas comemorar uma história de lutas e conquistas das mulheres. No entanto, também precisamos lembrar de todos os retrocessos que estamos vivendo hoje, como o conservadorismo no parlamento, e como isso prejudica a vida das mulheres", explicou a feminista.
Fonte: G1-ES