CIDADANIA

Mulheres solteiras são as maiores vítimas de agressão

Os dados são da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres de Serra (Seppom).

Em 18/02/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Única News/Reprodução

O número de mulheres solteiras, vítimas de violência, tem crescido. É o que aponta um mapeamento feito Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres de Serra (Seppom). O estudo aponta que em 2016, 31% das atendidas pela secretaria eram casadas. Já em 2019, 43% delas sãs solteiras.

O estudo ainda revela que a maioria está desempregada e que o agressor é o parceiro da vítima, sendo mais comum a agressão dentro de casa. Ainda são mulheres com ensino médio completo, que se declaram pardas e evangélicas.

Para dar conta desta nova realidade, a Seppom atua na raiz do problema, com adolescentes e jovens das escolas públicas, empresas e nas ruas da cidade. O projeto Trocando uma Ideia atingiu cerca de 8 mil alunos, de 11 a 80 anos, que debateram sobre a desconstrução do machismo por meio do diálogo direto para uma cultura de paz e respeito.

“A valorização da mulher, transformando o olhar da sociedade com informação e orientação é o nosso objetivo”, afirma a titular da Seppom, Luciana Malini.

Capacitar quem leva informação também é importante neste cenário. Por isso, 200 educadores foram beneficiados pelo Quem Ama Abraça no último ano. Os professores foram treinados para identificar situações de violência entre os alunos e dar os encaminhamentos necessários.
Prevenção

Para conscientizar as mulheres sobre a quebra do ciclo de violência, a Seppom já percorreu 23 bairros, levando informação a quase 2,7 mil mulheres, por meio do projeto Serra Mais Mulher. Também foram atingidos 150 mil domicílios que receberam material educativo sobre a violência e sobre os serviços ofertados pela Secretaria.

A Seppom funciona em Serra-Sede, das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. Oferece acolhimento, orientação e atendimento às mulheres em situação de violência doméstica, familiar e sexual; atendimento psicossocial; atendimento de serviço social; atendimento jurídico; brinquedoteca; grupo de mulheres; acompanhamento social, entre outros. Ainda encaminha para a Casa Abrigo Estadual Maria Cândida Teixeira (Caes) mulheres serranas em situação de violência doméstica com ameaça de morte, que necessitem de proteção e garantia da integridade física. (Com informações da Prefeitura de Serra)