SAÚDE

Mundo não conseguirá atingir meta de vacinação contra sarampo, diz OMS.

Objetivo era ter 90% das crianças imunizadas em 2015, mas só 85% estão.

Em 16/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A cobertura mundial de vacinação de crianças contra sarampo avançou nos últimos 15 anos, indo de 72% para 85%, mas ainda está aquém das metas estabelecidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que era de chegar aos 90%.

Esse avanço relativo permitiu uma redução de 79% na mortalidade pela doença, com 17 milhões de vidas salvas ao longo dos 15 últimos anos, mas também ficou aquem do objetivo, que seria uma queda de 95%.

Os números foram divulgados pela OMS após o balanço epidemiológico da doença em 2014 ficar completo, na semana passada. Os 85% de cobertura se referem à aplicação da primeira dose da vacina. A segunda dose de vacina, recomendada pela organização, só foi aplicada em 50% das crianças em 2014.

Entre as áreas onde a cobertura de vacinação é mais deficiente estão a África subsaariana, o Sudeste asiático e Ásia Central, segundo dados de abril a setembro (veja mapa acima).

Surto no Brasil
O Brasil teve uma redução drástica na incidência de sarampo entre 1985 até 2000 e ficou sem registrar casos autóctones até março de 2013, quando um novo surto eclodiu em Pernambuco e no Ceará.

Foram 916 casos confirmados até o Ministério da Saúde anunciar o fim do surto, em setembro de 2015. Segundo o governo, a cobertura de vacinação estava em 100%, mas um vírus "importado" não muito susceptível à vacina, consegui se instalar durante um período.

Sobre a doença
O sarampo é uma doença viral que afeta sobretudo crianças. Transmitida por fluidos nasais e orais, manifesta-se cerca de dez dias após contaminação, e causa febre, coriza, olhos avermelhados e manchas brancas dentro da boca. Pintas vermelhas aparecem alguns dias depois na pele, iniciando na face e no pescoço, espalhando-se para o corpo.

Não há tratamento específico para o sarampo, e a maior parte dos pacientes se recupera em até três semanas. A doença pode matar ou causar encefalite e cegueria, porém, em crianças desnutridas e pessoas com imunidade deficiente.

Fonte: G1