CIÊNCIA & TECNOLOGIA

Nanossatélite brasileiro foi colocado em órbita.

O nonossatélite foi desenvolvido por estudantes brasileiros, com coordenação da AEB.

Em 18/09/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Está em órbita desde quinta-feira (17) o satélite nacional de pequeno porte Serpens (Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites). O equipamento partiu da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), colocado em órbita pelo módulo Kibo JEM (Japanese Experiment Module) e está a uma altitude de aproximadamente 400 km.

O Diretor de Satélites da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Gurgel, relatou que um radioamador brasileiro captou sinais e avisou à agência. “Decodificamos os sinais de identificação e comprovamos que é mesmo o Serpens”, comemorou o diretor. Universidades como a Federal de Santa Maria (UFSM-RS), em parceria com o Centro Regional do Sul (CRS) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ajudam na recepção e rastreio do satélite.

O Serpens foi desenvolvido por um consórcio de instituições de ensino superior brasileiras coordenadas pela AEB. Durante dois anos, os alunos puderam trabalhar em todas as etapas da construção do satélite.

Participam do projeto a Universidade de Brasília (UnB) e as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), do ABC (Ufabc) e de Santa Catarina (UFSC). O Instituto Federal Fluminense (IFF) é parceiro no processo de instalações das estações de solo. Também integram o projeto universidades dos Estados Unidos, Espanha e Itália.

Levado em agosto para o Centro Espacial de Tanegashima, no Japão, o nanossatélite chegou à Estação Espacial Internacional, no último dia 24. Ele vai enviar dados recebidos via rádio para estações em solo, localizadas nas universidades.

As informações estarão disponíveis para retransmissão para estações receptoras no Brasil e em outros países. A missão do equipamento é inspirada no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável por coletar informações ambientais do País.

A Agência Espacial Brasileira investiu cerca de R$ 800 mil no nanossatélite, além dos gastos com o lançamento, cerca de R$ 3 milhões de reais, pois o Brasil não tem veículo lançador.

Essa primeira missão do projeto Serpens está sendo coordenada pela UnB, mas a proposta é que as instituições envolvidas revezem a liderança. A previsão é que a Universidade Federal de Santa Catarina coordene o desenvolvimento do Serpens 2. O satélite deve ficar em órbita por seis meses. Depois desse período, perde velocidade e entra na atmosfera terrestre, sendo desintegrado.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Espacial Brasileira e da Agência Brasil