MOTOR
Nissan pressiona Renault para negociar recompra de ações
A Nissan pressiona com um possível investimento na divisão de negócios de carros elétricos.
Em 10/10/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Nissan quer mudar as coisas em sua relação com a Renault e obter com isso algum dinheiro para seguir seu caminho, ainda que atrelado à montadora francesa.
Segundo a Reuters, a montadora japonesa estaria pressionando a Renault para reduzir sua participação na empresa nipônica para um mínimo possível, algo em torno de 15%.
Nesse caso, o percentual vendido pela Renault poderá ser recomprado pela Nissan, que considera levantar fundos para fazer a operação e assim nivelar os negócios entre as duas empresas.
Aí, a Nissan pressiona com um possível investimento na divisão de negócios de carros elétricos da Renault, mas apenas se a francesa concordar em ceder parte do controle de volta à origem.
Segundo a fonte da Reuters, que pediu anonimato, já que as negociações não são públicas, a aliança não seria prejudicada pela mudança na sociedade, que hoje tem 43% das ações da Nissan nas mãos da Renault.
Isso significa que a japonesa precisará de fundos externos para recomprar nada menos que 28% da participação da Renault, que pode ser bem capitalizada com a redução da participação acionária.
Outra informação, divulgada pelo Wall Street Journal e replicada pela Bloomberg, diz que a Renault estaria propensa a reduzir sua participação na Nissan, o que seria um bom sinal para a japonesa.
A publicação cita pessoas familiarizadas com as negociações, que podem ajudar a Renault a separar suas operações de carros comuns daquela de carros elétricos, vislumbrando um aumento expressivo de capital com a nova empresa.
Para isso, a Renault precisa de muito dinheiro e isso pode exigir esforços que a montadora não pode fazer sem apertar o cinto, ainda mais com prejuízos recentes, especialmente em seu negócio perdido na Rússia.
As duas empresas seguem com uma aliança que, por vezes, foi conturbada, desde o início com uma reestruturação agressiva da Nissan até o recente escândalo envolvendo Carlos Ghosn. (Por Ricardo de Oliveira/Fonte: Reuters)
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