ECONOMIA CAPIXABA

Número de novas empresas volta a crescer no Espírito Santo

Desde abril, o Estado apresentava queda na concessão de novas inscrições.

Em 20/10/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Crédito: Freepik

O Boletim da Receita Estadual também mostra que o faturamento do setor varejista voltou a crescer nos meses de julho (2,7%) e agosto (6,5%) -, alcançando R$ 3,7 bilhões no último mês analisado.

O número de novas empresas voltou a crescer no Espírito Santo, nos meses de julho e agosto, segundo aponta o Boletim da Receita Estadual - Impactos econômicos da Covid-19. A 6ª edição do Boletim foi publicada, nesta terça-feira (20), pela Secretaria da Fazenda (Sefaz). As informações foram extraídas dos sistemas da Receita Estadual de março a agosto de 2020, comparando com o mesmo período de 2019.

Desde abril, o Estado apresentava queda na concessão de novas inscrições. Entretanto, de acordo com o Boletim, nos meses de julho e agosto houve um aumento de 9,6%, se comparado com o mesmo período de 2019.

O Boletim da Receita Estadual também mostra que o faturamento do setor varejista voltou a crescer nos meses de julho (2,7%) e agosto (6,5%) -, alcançando R$ 3,7 bilhões no último mês analisado. A média móvel do faturamento das empresas do setor varejista de março a agosto no ano de 2019 foi de R$ 3,05 bilhões e no ano de 2020 de R$ 2,95 bilhões, com queda de 3,27%.

Os principais setores econômicos do varejo que apresentaram variação positiva no faturamento no período foram hortifrutigranjeiros (+36,1%), Açougues e Peixarias (+18,2%), produtos Alimentícios (+15,9%) e Supermercados (+13,5%).

“As incertezas relacionadas ao Coronavírus (Covid-19) e ao cenário internacional permanecem. Por isso, estamos com um otimismo contido com relação à economia estadual. O aumento do número de concessões de inscrições estaduais é um bom indicativo, mas precisamos manter a calma e, sobretudo, o equilíbrio fiscal que conquistamos”, pondera o secretário de Estado da Fazenda, Rogelio Pegoretti.

Observa-se também uma leve recuperação na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos meses de julho (+1,3%) e agosto (+2,9%). Entretanto, a queda no período analisado é de 4,4%, se comparado com mesmo período de 2019, aponta o auditor fiscal e gerente de arrecadação e cadastro Leandro Kuster.

Preço do petróleo

Outro fator que ainda segue jogando contra a arrecadação do Estado é o preço do barril de petróleo no mercado mundial. O Brent iniciou com valor de US$ 65,07, em março de 2019, e, em 2020, chegou a ser cotado a U$ 19,33, no final do mês de abril, e fechou agosto cotado a US$ 45,28.

Observa-se ainda uma ligeira recuperação, a partir do início de maio de 2020, que segue até o final de agosto, mas insuficiente para alcançar o patamar anterior a março.

“Se compararmos ao último dia de agosto de 2020 com o primeiro dia de março de 2019, obtivemos uma queda nominal de 30,4%. Se compararmos a última cotação de agosto de 2020 com o preço da média neste período (U$ 54,82), a queda passa a ser de 17,4%”, observa o auditor fiscal e subsecretário de Estado da Receita Estadual, Luiz Cláudio Nogueira.

Veja a 6ª edição do Boletim da Receita Estadual - Impactos econômicos da Covid-19. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Sefaz)