NEGÓCIOS

Novo presidente da Jaguar Land Rover na AL aposta no Brasil.

Com fabricação local, empresa está confiante ao enfrentar crise do setor automotivo.

Em 20/01/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Novo presidente da Jaguar Land Rover para a América Latina, Frank Wittemann tem experiência em mercados difíceis e aposta no Brasil para crescimento da empresa.

Wittermann irá assumir no lugar de Terry Hill a partir de março. Ele passou grande parte dos últimos anos trabalhando no mercado automotivo na Rússia.

Para ele, ainda que os dois países sejam bem diferentes, há similaridades no segmento automotivo. Os dois mercados têm velocidade de crescimento similar e estão sofrendo com a queda dos preços internacionais de petróleo e commodities.

Essa experiência, afirma ele, irá ajudar a empresa a enfrentar a crise brasileira. Em sua chegada ao Brasil, Wittemann afirmou que a montadora de carros premium está aqui para ficar.

“Não estamos aqui para sermos um player pequeno, que apenas importa. Iremos realmente investir” no mercado brasileiro, disse Wittemann.

Grandes investimentos e sonhos

A Jaguar Land Rover investiu 750 milhões de reais em uma fábrica em Itatiaia, no Rio de Janeiro, que deverá ficar pronta em maio. 

Em um primeiro momento, ela irá fabricar dois veículos: Range Rover Evoque e o Discovery Sport. A unidade irá abastecer apenas o mercado brasileiro e terá capacidade para fabricar 24.000 unidades por ano.

Aos poucos, a fabricação deve se expandir e a escala pode ajudar a montadora a diminuir os custos, prevê Wittemann.

Para Dmitry Kolchanov, diretor de mercados “overseas” da marca, a história da economia mostra que sempre há altos e baixos e que a empresa não irá mudar seus planos para o país.

Segundo ele, ainda há muito espaço para carros premium nas garagens brasileiras. Enquanto o mercado de luxo no Brasil corresponde a apenas 2% do total de veículos vendidos no país, em mercados mais maduros essa fatia chega a 10%. 

“Em alguns anos, acreditamos que podemos alcançar essa marca. Será um mercado imenso”, diz ele.

Fonte: Exame