CIDADE
Número de alunos internados após intoxicação no ABC Paulista sobe para 41.
Crianças de escola particular foram atendidas após náusea e febre.
Em 24/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Subiu para 41 o número de alunos do Colégio Jatobá, escola particular em Santo André, no ABC Paulista, que passaram mal, com quadro de náusea, febre e diarreia, e foram internadas em hospitais da região. O novo balanço foi divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Bom Dia São Paulo, a partir de informações da Prefeitura de Santo André.
Até a sexta-feira (22), 13 ainda estavam internadas. Cinco foram encaminhados à Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ainda não há um diagnóstico exato sobre o caso. A Secretaria de Saúde de Santo André disse que houve um surto de gastroenterite ocorrido apenas entre as crianças do colégio e que é restrito à referida escola, não havendo casos semelhantes fora do colégio. O resultado dos exames para verificação do agente causador da doença ainda são desconhecidos.
Algumas crianças fazem as refeições na escola. Outras, levam a comida de casa. A advogada da escola, Ana Paula Carneiro da Costa, disse que Vigilância Epidemiológica coletou amostras de água e de alimentos no local.
Segundo ela, a análise será feita pelo Instituto Adolfo Lutz. Os resultados da amostra de água devem ser divulgados até terça-feira (25) e, dos alimentos, até quarta (26).
Internações
Três crianças internadas no Hospital Brasil, em Santo André, estão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo que um garoto de 8 anos está em estado grave. Ele passou por cirurgia, segundo a família. O restante dos alunos foram levados para outros hospitais de Santo André e São Paulo.
A direção do Colégio Jatobá, onde as vítimas estão matriculadas, divulgou uma nota de esclarecimento na sexta-feira (21) falando de “virose, infecção intestinal e bactéria muito agressiva” dos alunos. O comunicado também diz que o “colégio encontra-se com todas as documentações administrativas na mais completa regularidade e à disposição dos senhores [pais] para eventuais consultas”.
Investigação
A Vigilância Epidemiológica e Sanitária de Santo André está acompanhando o caso. As equipes do órgão estiveram no local e coletaram amostras de alimentos servidos aos alunos e de água para análise.
A Secretaria de Saúde de Santo André informou que houve um surto de gastroenterite ocorrido apenas entre as crianças do colégio e que é restrito à referida escola, não havendo casos semelhantes fora da instituição mencionada.
O órgão disse que até sexta-feira, cerca de 25 crianças, entre 4 e 9 anos, foram atendidas em hospitais de Santo André. Destas, 13 foram internadas na rede hospitalar da cidade – dez em observação e três na UTI. Os resultados dos exames para verificação do agente patológico causador da doença ainda não são conhecidos.
A Vigilância Epidemiológica e Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde foi acionada em razão de alunos residirem em outras cidades. O órgão municipal orienta que, caso alguma criança do colégio apresentar sintomas parecidos, sejam comunicados à GVE (Gerência de Vigilância Epidemiológica) pelo telefone (11) 4994-3886.
Em uma gravação aos pais, a escola informa que fará uma higienização intensa no local. A advogada da instituição, Ana Paula Carneiro da Costa, disse que a proprietária do colégio, Maria Cecília Murzynowski, passou mal na sexta-feira em decorrência da preocupação com o ocorrido.
Estado de saúde
Douglas Marin Maria, 56 anos, avô do menino Caio, de 8 anos, que passou mal, disse ao G1 que o neto está internado. O neto dele é o que está em estado grave. “Ele está na UTI do Hospital Brasil, entubado. Meu neto passou por uma cirurgia e fez uma bateria enorme de exames, mas até agora não temos o diagnóstico.”
Segundo ele, o neto começou a passar mal na terça-feira (18). “Meu neto teve diarreia forte, passou pelo médico e foi liberado. Pouco tempo depois voltou a passar mal, passou por médico novamente e foi internado na UTI.”
Ainda de acordo com a nota do Colégio Jatobá, a instituição informa que segue os “protocolos disciplinares no que concerne à higiene, alimentação e segurança de nossos alunos e funcionários.”
A nota ainda cita a ausência de um surto e que o “universo estudantil do colégio conta hoje com 400 alunos e quase 70 funcionários” e que “apenas em torno de 25 crianças apresentaram os sintomas de diarreia, vômito, náusea ou febre.”
O colégio ainda pede tranquilidade aos pais e que “não medirá esforços para compreender a proveniência de tal bactéria e a sua forma de infestação”. A instituição informa que pediu orientação à Vigilância Sanitária sobre o ocorrido e que contratou uma consultoria na área de infectologia para ajudar na elucidação do caso.
Fonte: G1-SP