ECONOMIA NACIONAL
Número de microempreendedores individuais cresce 9,7% no semestre.
Números refletem aumento do número de demissões, diz especialista.
Em 27/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O número de pessoas cadastradas Microempreendedor Individual (MEI) aumentou 9,7% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2015, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27) pela Boa Vista SCPC. Enquanto isso, as Microempresas (Mês) e demais formas jurídicas tiveram queda de 9% e 12,7%, respectivamente.
O avanço das MEIs puxou a alta de 3,8% no número de novas empresas nos primeiros seis meses de 2016, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Do total de empresas inauguradas no período, 75% foram MEIs.
"O levantamento pode ocultar um dado não tão positivo, principalmente quando analisado em conjunto com o mercado de trabalho", diz Bruna de Abreu Martins,
economista da Boa Vista SCPC.
"Com o forte aumento das demissões e a redução das vagas com carteira assinada, muitas pessoas parecem estar tentando a sorte como autônomos. E as MEIs podem auxiliar nesse processo de formalização do trabalho", aponta a especialista.
"Como o faturamento permitido para o enquadramento desta natureza jurídica é baixo, R$ 60 mil bruto por ano – com tolerância de 20% - e o recolhimento de impostos é simplificado, parte dos desempregados podem efetivamente estar migrando para um negócio próprio ou mesmo atuando como terceiros, como sugerem os números."
O que é um MEI?
Para se tornar um Microempreendedor Individual (MEI), a pessoa que trabalha por conta própria se legaliza como pequeno empresário.
É necessário faturar no máximo até R$ 60 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou titular.
Regiões
A região que apresentou o maior crescimento da abertura de novas empresas foi o Sudeste, com aumento de 6% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2015. O segundo maior crescimento foi da região Sul, com 4,5%.
As regiões Nordeste e Norte tiveram crescimento menor, de 1,19% e 0,2%, respectivamente. Já no Centro-Oeste, houve queda de 3,4% na abertura de novas empresas.
Fonte: g1-SP