SAÚDE

O Ambulatório de fisioterapia do Himaba amplia o espaço

Himaba, em Vila Velha ampliou recentemente o espaço para atendimentos de fisioterapia.

Em 03/06/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Sesa

Por conta da alta demanda, o serviço ganhou um novo local, com um ambiente reservado e exclusivo para a prática da fisioterapia, com ambientação infantil, TV, bola suíça, colchonetes e tatame para os exercícios.

Único hospital do Espírito Santo a realizar acompanhamento ambulatorial de fisioterapia para crianças após alta hospitalar, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), localizado em Vila Velha e gerenciado pelo Instituto Acqua, ampliou recentemente o espaço para atendimento que foi iniciado em dezembro de 2021.

Por conta da alta demanda, o serviço ganhou um novo local, com um ambiente reservado e exclusivo para a prática da fisioterapia, com ambientação infantil, TV, bola suíça, colchonetes e tatame para os exercícios. Em breve, além de novas unidades destes materiais, a equipe ainda vai ter à disposição gaiola de habilidades com suspensório, bancos e rolos terapêuticos, além de brinquedos para estímulo motor.

O atendimento é ofertado para três tipos de demandas de pacientes: aqueles da terceira etapa do canguru; em tratamento de anquiloglossia (popularmente chamado de “língua presa”), com avaliação e monitoramento; e desenvolvimento neuropsicomotor crônico. Todos os casos são para crianças que estiveram em internação na unidade e foram encaminhadas por especialistas médicos ou multidisciplinares.

O diretor-geral do Himaba, Fabio Diehl, reforçou que essa é a parte das ações de melhoria destinadas ao ambulatório da unidade hospitalar, que, em breve, vai ganhar área de vivência externa.

“Na medida em que o atendimento for ampliado, devemos disponibilizar uma estrutura compatível com esse crescimento. Como um serviço inédito no Estado, devemos trabalhar não só para mantê-lo, mas para torná-lo de excelência em seus mínimos detalhes. É fundamental que essas crianças sejam acolhidas não só durante a internação no Himaba, como também em seu retorno. Queremos fazer parte desse crescimento em cada fase”, pontuou.

Atualmente, a atividade está sob os cuidados da fisioterapeuta Andrea Kerckhoff dos Santos, que atua toda segunda-feira e quarta-feira, das 7h às 19h, e, sexta-feira, das 7h às 13h.

“Esse é um trabalho de assistência muito importante, pois as atividades pós-alta têm uma influência imprescindível no desenvolvimento destas crianças e na qualidade de vida que terão com o passar dos anos”, completou.

A fisioterapeuta ressaltou ainda a importância do engajamento dos pais em todo o processo.

“É fundamental, pois o progresso só é contínuo se houver a combinação de consultório e casa. Por exemplo, aqui ensinamos exercícios e o passo a passo da rotina de cuidados que devem ser adotados. Cabe a eles, no dia a dia, aplicar isso ao lado dos filhos. Quanto maior a prática, melhor o resultado”, acrescentou Andrea Kerckhoff dos Santos.

Cerca de 600 atendimentos em cinco meses de atuação

A supervisora do setor de fisioterapia do Himaba, Priscila Dutra, revelou que em cinco meses de atuação foram realizados, aproximadamente, 600 atendimentos. Desse quantitativo, 35% dos atendimentos são em bebês provenientes da terceira etapa do canguru, 35% de anquiloglossia, 25% para desenvolvimento neuropsicomotor e 5% de outros casos.

“A expectativa é de que, com a oferta de um espaço mais amplo e exclusivo para esse ‘follow up’, o acompanhamento cresça e possa acolher também pacientes cardíacos, ortopédicos e com síndromes respiratórias, além de crianças encaminhadas de outras unidades de saúde. Como projeto futuro, estamos analisando a contratação de mais profissionais para atuação no serviço”, informou Priscila Dutra. 

Serviço traz qualidade de vida para crianças e familiares

Ao realizar o teste da linguinha ainda nos primeiros dias de vida, João Silva Moraes, de seis meses de idade, foi diagnosticado com anquiloglossia. Há pouco mais de cinco meses, ele passa por avaliação e monitoramento da fisioterapeuta Andrea Kerckhoff dos Santos. Entre as táticas utilizadas pela profissional, estão manipulação, relaxamento, ofurô, bandagem elástica, compressa de calor e exercícios do desenvolvimento.

A mãe de João, Maria Silva, contou do sentimento de gratidão que tem por toda a equipe do hospital.

“Inicialmente, fui orientada a procurar o Banco de Leite do Himaba, local que já visitava por ser doadora de leite. No entanto, contar com esse suporte para o meu filho foi uma grata surpresa pelo acolhimento e competência de cada uma das profissionais que se dedicam a cuidar do João. Durante todo esse período, observei muitas mudanças positivas nele e só tenho a agradecer. Tudo isso tem impactado na qualidade de vida e no bem-estar dele e, nada melhor para uma mãe, do que acompanhar esse progresso”, comemorou.

Jussara Souza Ferreira, mãe de Guilherme Pereira Rocha, de 1 ano e 6 meses, também destacou os resultados satisfatórios do filho após quatro meses de acompanhamento fisioterapêutico. Nascido de 28 semanas na Maternidade de Cobilândia e encaminhado para o Himaba, onde permaneceu internado por 1 mês e 5 dias, entre UTI Neonatal e Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa), o bebê foi diagnosticado com paralisia cerebral, o que interfere no desenvolvimento neuropsicomotor.

Ele realiza duas sessões de fisioterapia por semana e, de acordo com a responsável, já garante a sustentação do pescoço e mantém o foco em algumas atividades, o que não conseguia executar antes.

Já Maria Luar Fernandes Martins tem sua história registrada como uma das mais marcantes do Himaba. É uma bebê conhecida por ter lutado bravamente pela vida. Prematura extrema, nascida após 24,1 semanas de gestação e pesando apenas 476 gramas, a “guerreirinha” esteve 109 dias internada entre a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e a Unidade de Cuidados Intermediários Canguru (UCINCa).

A bebê se mantém firme e forte, sob os olhares atentos e carinhosos da mamãe Rosania Fernandes de Almeida. A alta hospitalar aconteceu no dia 06 de maio e, desde então, ela já passou por quatro sessões de fisioterapia, sendo uma por semana.

“Quando saímos, ela tinha dificuldade em levantar a cabecinha, agora já consegue. Cria força nas mãozinhas para levantar o peito e a cabeça. É uma evolução constante e possível graças ao acompanhamento feito pela Andrea”, disse a mãe. (As informações são da Sesa) 

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