ECONOMIA INTERNACIONAL
O cenário econômico americano e os impactos no Brasil
Reflexos externos na nossa economia e influenciam o comportamento dos mercados.
Em 09/01/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Em um mundo extremamente globalizado precisamos analisar a situação do Estados Unidos e outras nações para determinar as oportunidades e ameaças da economia brasileira neste ano de 2019. Reflexos externos ecoarão na nossa economia e influenciarão o comportamento dos mercados financeiros e principais ativos.
Para 2019, a expectativa é que a economia do Estados Unidos desacelere por vários fatores: anos contínuos em crescimento, a desaceleração da economia mundial e o impacto dos aumentos da taxa de juros básica da economia. Vale lembrar que a discussão dos economistas é de quantos aumentos serão feitos em 2019, talvez 02 ou 03? Aumentos de 0.25%, sucessivos, representam um imenso efeito cascata, reduzindo a capacidade das empresas investirem, aumentando o endividamento e reduzindo o poder de compra dos consumidores. A boa notícia é que ainda existe expectativa de crescimento positivo, mesmo menor do que anos anteriores, e as chances maiores são contra a entrada da economia dos EUA em uma área de recessão ainda neste ano.
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Ao mesmo tempo, da redução nos mercados de ações e commodities, além da remoção gradual de estímulo por parte de alguns bancos centrais, significa que as condições financeiras em todo o mundo estão reduzindo. Combinado com maior incerteza política, esses riscos apontam para uma desaceleração. A expectativa é que o dólar mantenha-se nos atuais níveis elevados durante grande parte de 2019, ou seja, valorizado frente ao resto do mundo e inclusive frente às moedas emergentes.
Já a moeda brasileira deve ser atrativa, pois a taxa Selic no menor patamar do plano real reduz o ímpeto de investidores estrangeiros na busca de rentabilidade na renda fixa. Portanto, caso o Brasil consiga fazer as reformas de previdência e fiscal, podemos ser afetados por um fluxo positivo de investimentos no médio e longo prazo. Mas o dólar hoje, com a expectativa de aumentos de juros nos EUA, tende a se valorizar frente às moedas no mundo. Não seria diferente para o Real. Pelo menos no primeiro semestre veremos muita volatilidade na moeda, mas não temos expectativa de fortes apreciações do real x dólar.
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A economia global começou em 2018 com um crescimento forte e sincronizado, mas a dinâmica diminuiu com o avanço do ano e as tendências de crescimento divergiram. Notavelmente, as economias da zona do euro, do Reino Unido, do Japão e da China começaram a enfraquecer. Em contraste, a economia dos EUA acelerou, graças ao estímulo fiscal. O crescimento dos EUA permanecerá acima da tendência, com os fundamentos econômicos permanecendo razoavelmente sólidos.
Para a economia brasileira a expectativa é de crescimento. As disputas comerciais no mundo podem ser fatores positivos para as exportações do país. O Brasil é o melhor dos maiores emergentes e o que oferece neste instante as melhores condições de investimentos: o tamanho do mercado, a estabilidade política, a não restrição a entrada e saída de investimentos e principalmente alta taxa de retorno. Seu patamar da taxa de juros em um nível considerado baixo, comparado a anos anteriores, faz com que o risco de pressão inflacionária seja alto. Nunca o brasileiro teve a taxa básica a um nível tão baixo. Porém visualizamos o Bacen diligente e apto a fazer mudanças rápidas e eficientes, podendo em 2019 ter aumentos graduais de juros.