ESPORTE INTERNACIONAL
O que os números dizem sobre os finalistas Grêmio e Lanús
Equipes brasileira e argentina começam a decidir a competição nesta quarta-feira.
Em 20/11/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Grêmio e Lanús têm muito mais em comum do que se possa imaginar na Libertadores de 2017. As equipes que começam a decidir o campeão da competição nesta quarta-feira, na Arena, apresentam números semelhantes em suas campanhas, com a troca de passes intensa e a manutenção da posse de bola como carros-chefe. O GloboEsporte.com analisou os dados da Conmebol e, abaixo, esmiúça detalhes de brasileiros e argentinos antes da decisão.
Em uma observação mais fria, o Grêmio tem uma leve vantagem nas estatísticas, com oito vitórias, dois empates e duas derrotas em 12 jogos. O Lanús acumula seis vitórias, dois empates e quatro derrotas. Os gaúchos possuem o segundo melhor ataque – ao lado do The Strongest, que entrou na segunda fase da competição –, com 22 gols marcados, enquanto os "hermanos" fizeram 19, em terceiro no quesito. O River somou 28. A defesa tricolor foi vazada oito vezes, e a do Granate, 11.
NÚMEROS DOS FINALISTAS
Lanús | Grêmio | |
Jogos | 12 | 12 |
Vitórias | 6* | 8 |
Empates | 2 | 2 |
Derrotas | 4* | 2 |
Gols marcados | 19* | 22 |
Gols sofridos | 11* | 8 |
Cartões amarelos | 27 | 28 |
Cartões vermelhos | - | 3 |
Faltas cometidas | 157 | 122 |
Faltas sofridas | 175 | 182 |
Impedimentos | 33 | 15 |
Escanteios | 46 | 57 |
* Nas estatísticas do Lanús, foi considerado o resultado de campo na derrota por 2 a 1 para a Chapecoense, que acabou punida pela Conmebol por escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio e teve o placar revertido para 3 a 0 a favor dos argentinos.
Reis do passe, mas com uma diferença
Grêmio e Lanús rivalizam intensamente quando se trata de controle e administração do jogo. Cumprem à risca a fama de valorizar a posse de bola, o que é mostrado pelas estatísticas. Somente em duas das 12 partidas disputadas na competição brasileiros e argentinos tiveram menos domínio do campo que o adversário (confira na tabela abaixo).
POSSE DE BOLA
Lanús | Posse de bola | Grêmio | Posse de bola |
Lanús 0 x 1 Nacional-URU | 72% | Zamora-VEN 0 x 2 Grêmio | 52% |
Chapecoense 1 x 3 Lanús | 52% | Grêmio 3 x 2 Iquique-CHI | 53% |
Lanús 5 x 0 Zulia-VEN | 55% | Guaraní-PAR 1 x 1 Grêmio | 44% |
Zulia-VEN 1 x 1 Lanús | 52% | Grêmio 4 x 1 Guaraní-PAR | 55% |
Lanús 1 x 2 Chapecoense* | 69% | Iquique-CHI 2 x 1 Grêmio | 52% |
Nacional-URU 0 x 1 Lanús | 52% | Grêmio 4 x 0 Zamora-VEN | 60% |
The Strongest 1 x 1 Lanús | 37% | Godoy Cruz 0 x 1 Grêmio | 51% |
Lanús 1 x 0 The Strongest | 65% | Grêmio 2 x 1 Godoy Cruz | 55% |
San Lorenzo 2 x 0 Lanús | 60% | Botafogo 0 x 0 Grêmio | 54% |
Lanús 2 (4) x (3) 0 San Lorenzo | 56% | Grêmio 1 x 0 Botafogo | 56% |
River Plate 1 x 0 Lanús | 45% | Barcelona-ECU 0 x 3 Grêmio | 49% |
Lanús 4 x 2 River Plate | 59% | Grêmio 0 x 1 Barcelona-ECU | 50% |
O Lanús é o time que mais trocou passes na Libertadores, com 5.282 até a final, e também quem mais acertou: 4.353. Por isso, também lidera os erros de passe, com 929, e tem somente o 32º posto em efetividade, com 82,4% de acertos.
Os gaúchos possuem uma posição mais equilibrada na troca de passes. Estão em terceiro no quesito, com 4.519, em segundo nos acertos, com 4.066, e em 11º nos erros, com 453. Como consequência, o Tricolor só não é mais efetivo nos toques que o Sporting Cristal, eliminado ainda na fase de grupos. Os peruanos contabilizaram 92,5% de aproveitamento, enquanto o time de Renato Gaúcho tem 90%.
- Passes certos: Lanús 4.353 x 4.066 Grêmio
- Passes errados: Lanús 929 x 453 Grêmio
- Total de passes: Lanús 5.282 x 4.519 Grêmio
- Efetividade: Lanús 82,4% x 90% Grêmio
Se não é definitivo, há outro dado que pode ao menos dar uma pista da diferença de característica das equipes que decidem a Libertadores de 2017. Segundo levantamento da Conmebol, o zagueiro Braghieri, o volante Marcone e o lateral-direito Gómez, todos do Lanús, são os três primeiros em passes entre os jogadores. O gremista mais próximo deles é Ramiro, em quinto no fundamento. Mais abaixo, aparecem na lista Arthur e Luan.
Ou seja, a equipe argentina usa muito mais jogadores do setor defensivo para controlar a posse de bola. É difícil imaginar que um zagueiro, um lateral e um meio-campista de contenção tenham tanta influência na construção das jogadas ofensivas. Já o time brasileiro articula com mais ênfase por meio de suas principais peças do meio de campo, onde o jogo realmente acontece.