CIÊNCIA & TECNOLOGIA

Oculus Rift é 1º passo em direção ao futuro.

Óculos custam US$ 600 e começaram a ser enviados na segunda-feira (28).

Em 29/03/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

As primeiras unidades dos óculos de realidade virtual Oculus Rift começaram a ser enviadas para seus compradores nesta segunda-feira (28). E a imprensa internacional já publicou análises e opiniões sobre o acessório da Oculus, empresa comprada pelo Facebook em 2014.

No geral, as impressões dos jornalistas concordam em dois pontos. O primeiro é a experiência: o Oculus Rift é um acessório fácil de instalar e confortável, capaz de proporcionar uma experiência única.

Sua versão final corrige problemas dos primeiros protótipos, como a resolução de imagem e a sensação de náusea, embora muitos reclamem de uma fresta no nariz – a entrada de luz atrapalha a imersão.

Peter Rubin, da revista de tecnologia "Wired", porém, conta em vídeo que o Oculus Rift "não é uma mania. Ele é um primeiro passo muito real em direção ao futuro".

O segundo ponto é seu preço: os óculos são um produto caríssimo (US$ 600), que além de tudo exigem um computador poderosíssimo. Mesmo assim, muitas das experiências lançadas são focadas em quem gosta de games. E os controles sensíveis a movimentos, os Oculus Touch, só serão lançados mais para frente.

Logo, o Oculus Rift é um investimento (pesado), que ainda precisa se provar útil para a massa de usuários.

Brian X. Chen, do jornal "The New York Times", conta que "o Oculus Rift precisa de um acervo maior e mais diverso de conteúdo para transcender seu público inicial de geeks. Eu, por exemplo, vou esperar."

Leia abaixo trechos de críticas da imprensa internacional

"Wired": "Este é um dispositivo absurdamente bem feito. Ele proporciona uma realidade virtual confortável, sólida como uma rocha, e faz isso muito facilmente. Você vai conseguir colocar isso em qualquer um e mostrar a magia. Você vai chamar seus amigos só para explorar o Dreamdeck (sério, você vai).

Mas você tem de estar em paz com a ideia de que seus US$ 600 – ou realisticamente, US$ 1,5 mil ou mais, se você precisar de um PC novo – são um investimento. Um investimento nas coisas que você vai poder fazer no Rift, nas localidades que você poderá visitar. Muitas dessas serão lançadas ao longo do ano, e no futuro. A única coisa que você precisa se perguntar é quando isso tudo será suficiente." (Peter Rubin)

"The New York Times": "Um sonho de ficção científica, como Mark Zuckerberg descreve a realidade virtual, está prestes a se tornar verdade. Mas apesar do Rift ser um sistema bem feito e cheio de potencial, a primeira onda disponível de apps e games restringe os prováveis usuários do dispositivo a jogadores hardcore.

Não discordo de Zuckerberg, este é apenas o começo da realidade virtual. Mas com 30 games e poucos apps disponíveis na introdução do Rift, não há muito a ser feito com o sistema. O Oculus Rift precisa de um acervo maior e mais diverso de conteúdo para transcender seu público inicial de geeks. Eu, por exemplo, vou esperar." (Brian X. Chen)

TechCrunch: "Para quem não está com o cartão de crédito em mãos para comprar [um par de óculos de realidade virtual], faça um favor a si mesmo e ao menos teste um desses. Essa tecnologia é ambiciosa, legal, e não precisa de muito esforço para imaginá-la substituindo muitas das nossas redes de comunicação.

O Oculus Rift é um dispositivo maluco que é mais do que a soma de suas partes. Como o primeiro dispositivo de realidade virtual destinado a consumidores, ele merece elogios apenas por existir, mas incrivelmente também consegue mandar muito bem. Se você deve comprar um agora, ou esperar até que os controles sensíveis a movimento Oculus Touch sejam lançados, depende basicamente de sua paciência e poder aquisitivo." (Lucas Matney)

Polygon: "Se o Rift existisse agora 'apenas' como uma nova forma de mostrar games ao jogador, ele já seria um feito incrível que acrescenta valor e prazer imensos à experiência de jogar. Mas o software de lançamento dá a entender que isso é apenas o começo.

Testar os limites do que parece real e de como interagimos com os mundos que controlamos completamente é uma nova fronteira para os games, e o Oculus Rift cumpre com essa promessa. Existem problemas, e o software vai continuar a melhorar e oferecer mais recursos, mas essa é uma plataforma funcional com uma vasta seleção de games e experiências. Ela mudou a forma como pensamos em games. Ela fez nós sentirmos. Ela nos colocou dentro de coisas que costumávamos apenas ver. Voltar para uma tela convencional é difícil. A realidade virtual comercial está aqui. E valeu a pena esperar." (Ben Kuchera)

"Time": "Durante o período de 1 semana usando o Rift, minha experiência foi sedutora e emocionante em certos momentos, e disconfortável e estranha em outros. No geral, usar o Rift é caro, desnatural e completamente viciante. Costuma-se falar da realidade virtual como uma revolução, uma mudança de paradigma, uma parada muito, muito séria. E usar o Oculus Rift prova que esse tipo de conversa não é hype.

O que torna o Rift tão atraente é que ele verdadeiramente cria a ilusão de fuga. Eu agora entendo porque ele se chama Rift: ele cria uma disconexão colossal entre o que está acontecendo em frente aos seus olhos e o que realmente está acontecendo no mundo ao seu redor. Ele literalmente cria uma fenda entre onde você está e onde você acha que está, entre o que você está sentindo e o que o seu corpo pensa que está sentindo. É brilhante. É fascinante. Não é perfeito, mas é apenas o começo." (Lisa Eadicicco)

Fonte: G1