SAÚDE
Ômicron força países europeus a se fecharem de novo
Rápida propagação da ômicron começou a levar países europeus a retomarem restrições.
Em 19/12/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Apenas poucas semanas após ter sido descoberta, a cepa já é dominante em algumas regiões da Europa.
Holanda decreta novo lockdown, Dinamarca fecha locais de aglomerações, e Reino Unido já trata como inevitável retomar restrições de movimentação.A rápida propagação da variante ômicron começou neste fim de semana a levar países europeus a retomarem restrições de movimentação.
Apenas poucas semanas após ter sido descoberta, a cepa já é dominante em algumas regiões da Europa e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de infecções está dobrando no intervalo de menos de dois dias.
No sábado (18/02), o governo da Holanda declarou lockdown. Todas as atividades não essenciais serão interrompidas até 14 de janeiro.
Cerca de 74,6% dos holandeses estão completamente vacinados contra a covid-19. Mesmo assim, devido à ômicron, os hospitais operam sob pressão, e muitos serão incapazes de lidar com um novo fluxo de pacientes.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse neste domingo que considera a imposição de novas restrições inevitável, uma vez que o sistema de saúde britânico está à beira do colapso.
O Reino Unido já tem 25 mil casos da variante. No país, escolas anteciparam o feriado de fim de ano, e restaurantes e bares estão deixando de funcionar ou restringindo seus horários por conta própria.
Também devido à rápida disseminação da variante, a Dinamarca restringiu novamente grandes partes da vida pública. Teatros, cinemas, zoológicos, parques de diversões e instalações esportivas estão fechadas desde a manhã de domingo. Os restaurantes só estão autorizados a permanecer abertos até as 23 horas. Na Dinamarca, o número de casos disparou nas últimas semanas – só na sexta-feira, o país teve 12 mil novas infecções, um quinto delas de ômicron.
O governo da Espanha convocou uma reunião com os líderes de todas as regiões do país, para discutir medidas coordenadas que contenham a sexta onda de contágio da covid-19 no território espanhol.
O ministro alemão da Saúde, Karl Lauterbach, alertou contra uma “quinta onda maciça” de infecções pelo coronavírus, devido à rápida disseminação da variante ômicron.
“A Alemanha deve se preparar para um desafio que ainda não tivemos nesta forma”, disse Lauterbach na sexta-feira (17/12).
Variante em 90 países
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou no sábado (18/12) que a variante ômicron do novo coronavírus já está presente em quase 90 países e que se espalha mais rápido que a delta: o número casos está dobrando no intervalo de entre 1,5 e 3 dias.
A ômicron está se espalhando rapidamente também em países com altos níveis de imunização entre a população. Mas, segundo a OMS, ainda não está claro se isso se deve à capacidade do vírus de escapar da imunidade, a seu inerente aumento de transmissibilidade ou uma combinação de ambos.
A OMS designou a ômicron como uma variante de preocupação em 26 de novembro, logo após ter sido detectada pela primeira vez, e ainda há muitas questões em abeto sobre ela, incluindo a gravidade da covid-19 gerada.
“Ainda há dados limitados sobre a gravidade clínica da ômicron”, disse a OMS. “São necessários mais dados para entender o perfil de gravidade e como a gravidade é impactada pela vacinação ou pela imunidade pré-existente”.
“Ainda há poucos dados disponíveis, e nenhuma evidência revisada por pares (científicos), sobre a eficácia da vacina ou a eficácia até o momento para a ômicron”.
A OMS advertiu que, com os casos aumentando tão rapidamente, os hospitais podem ficar sobrecarregados. (rpr (AFP, Reuters e Deutsche Welle)
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