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ONU pede por um mundo sem estigma e descriminações
A ONU marca este 1º de março como o Dia da Discriminação Zero.
Em 01/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Organização das Nações Unidas (ONU) marca este 1º de março como o Dia da Discriminação Zero. É a chance de celebrar a diversidade e rejeitar qualquer tipo de preconceito, conforme informou o secretário-geral Ban Ki-moon.
Ele afirmou que a "discriminação é uma violação dos direitos humanos e não pode seguir impune". Para Ki-moon ele, todos têm o direito de viver com respeito e dignidade.
Diretor executivo do Programa Conjunto sobre HIV/Aids (Unaids), que lidera a campanha Zero Discriminação, Michel Sidibé afirmou que "o compromisso de tornar o mundo livre de estigma e discriminação não é uma opção, mas um dever". Sidibé disse que a discriminação provoca preconceito, limita as chances de milhões de pessoas e pode causar abusos e violência.
Para combater o problema, o chefe da Unaids declarou que é "necessário denunciar quando alguma coisa está errada, sensibilizar a população, apoiar as pessoas discriminadas e promover os benefícios da diversidade".
De acordo com a coordenadora da organização Criola, Lúcia Xavier, sob o ponto de vista da questão racial e de outras dimensões da vida humana, “atuar contra a discriminação não é só agir em termos individuais contra processos discriminatórios, mas fortalecer os mecanismos para que a sociedade seja mais democrática, que cumpra com os direitos humanos, que tenha serviços mais adequados e com qualidade de vida”, disse.
Para Lúcia, dias como este são importantes para que o assunto seja discutido. “Não é só a discriminação em si. Ela produz mortes. Além disso, damos visibilidade à produção e ao patrimônio de diversos grupos, como a população negra, LGBT e povos indígenas”, explicou Lúcia.
Segundo a Unaids, quase 80 países têm leis criminalizando relações entre pessoas do mesmo sexo. Em muitas nações, o índice de alfabetização entre as mulheres é muito menor que entre os homens.
Para a agência da ONU, no Brasil os descendentes africanos têm mais chances de desemprego que os brancos. Os salários dos negros representam menos da metade que os dos brancos. Nos Estados Unidos, 64% dos trabalhadores disseram ter visto ou sido vítima de discriminação pela idade. No Reino Unido, aproximadamente 70% dos trabalhadores que ganham salário mínimo são mulheres.
Segundo a Unaids, no mundo mais de 10% das mulheres e 23% dos homens que sofrem de algum tipo de deficiência não buscam assistência de saúde, porque foram maltratados na primeira visita ao médico.
Fonte: Agência Brasil/ONU