POLICIA
Operação Greenfield atinge Caixa, Bradesco, Santander Brasil e Rio Bravo.
Em todos os casos, a operação mirou a área de gestão de recursos de terceiros.
Em 05/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
SÃO PAULO - Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander Brasil e a gestora de recursos Rio Bravo também foram alvo da operação Greenfield deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira por suspeita de fraude em fundos de pensão de estatais.
Em todos os casos, a operação mirou a área de gestão de recursos de terceiros dessas instituições.
No caso da Caixa, o alvo da investigação é um fundo do Funcef administrado pelo banco. O Funcef é o fundo de pensão dos funcionários do banco estatal.
Além do Funcef, a operação apura suspeita de crimes de gestão temerária e fraudulenta dentro do Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras), Postalis (Correios), tendo como base dez casos revelados a partir do exame das causas de déficits bilionários apresentados pelos fundos.
7 mandados de prisão temporária
As autoridades expediram 7 mandados de prisão temporária, 34 de condução coercitiva e 106 de busca e apreensão pela Justiça, que determinou sequestro de bens e bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas no valor aproximado de 8 bilhões de reais, segundo comunicado da PF.
Em nota, a Caixa afirmou que já havia criado uma força tarefa interna com técnicos de carreira do banco para apurar "eventuais irregularidades" em investimentos do Funcef.
Também em nota, o Bradesco afirmou que suas unidades de gestão de recursos Bram e a BEM "seguem estritamente o regulamento dos fundos sob sua gestão e administração e as regras definidas pelos reguladores" e que estão prestando toda a colaboração requerida pelas autoridades."
Santander Brasil
Já o Santander Brasil admitiu que a PF solicitou documentos relacionados ao Funcef, Petros, Previ e à afretadora de sondas para exploração de petróleo Sete Brasil, que está em recuperação judicial, e ao fundo Global Equity. "Essas investigações não têm qualquer relação com o Santander, mas sim com os referidos fundos", afirmou o banco.
A Rio Bravo, que está tendo seu controle vendido para o grupo chinês Fosun, confirmou que seu escritório na cidade de São Paulo foi alvo das buscas da PF, mas que "tem poucas relações com os fundos de pensão que são objeto desta investigação, mesmo trabalhando com a maior parte das empresas deste segmento, sempre com lisura, ética e total observância à legislação".
Por Aluísio Alves/Reuters Brasil