POLÍTICA INTERNACIONAL

Parlamento Europeu aprova moção sobre caso da Ucrânia

União Europeia: O texto foi aprovado por 637 votos a favor, 13 contrários e 26 abstenções.   

Em 01/03/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Patrick Seeger/Agência Lusa

Dezenas de delegações boicotaram nesta terça-feira (1º) o discurso do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante uma conferência sobre o desarmamento e os direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).   

O Parlamento Europeu aprovou nesta terça-feira (1º) a moção que pede à União Europeia para considerar a Ucrânia com o status de candidato para entrar no bloco. O texto foi aprovado por 637 votos a favor, 13 contrários e 26 abstenções.   

O documento pede que “as instituições da União se adaptem para conceder à Ucrânia o status de país candidato à adesão” e que tal procedimento “esteja em linha com o artigo 49 do tratado sobre a União Europeia e sobre a questão do mérito”.

"Delegações boicotam Lavrov em evento sobre direitos humanos"

Dezenas de delegações boicotaram nesta terça-feira (1º) o discurso do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, durante uma conferência sobre o desarmamento e os direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).   

O representante do Brasil não se uniu ao boicote e permaneceu na sala.   

O russo deveria comparecer pessoalmente ao evento em Genebra, na Suíça, mas precisou fazer um discurso virtual por conta do fechamento do espaço aéreo europeu para voos e aeronaves da Rússia.   

Durante seu discurso, Lavrov voltou a culpar a Ucrânia e o Ocidente pelo ataque iniciado por seu país na última quinta-feira (24) contra os ucranianos.   

Disse ainda que “os cidadãos e as estruturas da União Europeia envolvidas no fornecimento de armas letais às forças armadas da Ucrânia serão responsabilizadas por qualquer consequência de tais ações no contexto da operação militar especial em curso”.   

“A UE se uniu definitivamente com o regime de Kiev, que desempenha uma política de genocídio contra parte de sua própria população”, referindo-se às supostas mortes ocorridas nos oito anos de guerra no Donbass.   

Lavrov condenou ainda a presença de “armas nucleares dos Estados Unidos em países europeus” e disse que Kiev está fazendo o conflito para também ter armamentos do tipo em seu território.   

Já o secretário norte-americano de Estado, Antony Blinken, afirmou que se o presidente Vladimir Putin “vencer” a guerra na Ucrânia, a “crise humanitária se agravará”.   

Além de acusar Moscou de iniciar um conflito não provocado e atacar cidadãos que nada tem a ver com os militares, Blinken afirmou que os russos devem ser excluídos do Conselho de Direitos Humanos da ONU.   

Para o representante de Washington, uma nação que “cometa horríveis violações dos direitos humanos e cause enormes sofrimentos humanitários não deve ser autorizada a permanecer nesse Conselho”.   

Corte Europeia – Ainda nessa esfera, a Corte Europeia dos Direitos Humanos (Cedu) intimou a Rússia nesta terça-feira de se abster em conduzir ataques aéreos militares contra os civis e os prédios civis na Ucrânia, incluindo hospitais e escolas, mas também carros como ambulâncias.   

Os juízes aceitaram o pedido apresentado por Kiev de impor contra Moscou que coloque fim “às repetidas e muitas violações cometidas pelas tropas russas”. A Cedu ainda pediu para a Rússia indicar o quanto antes quando vai adotar as medidas impostas pelo tribunal.   

Os números de civis mortos nos ataques russos ainda não são conhecidos por conta da precária infraestrutura no país. O último boletim do Ministério da Saúde incluía 351 mortes, contando também 16 crianças. Nesta terça, o governo informou que foram registradas mais 18 óbitos na cidade de Kharkiv, em dados ainda não confirmados. (ANSA).   

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