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Parque Nacional da Tijuca terá visitas guiadas
Segundo Castro, os passeios são atraentes para os mais variados tipos de visitantes.
Em 14/01/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Os turistas do Brasil e do exterior que visitarem o Rio de Janeiro neste verão vão contar com uma nova atração: a visita guiada ao Parque Nacional da Tijuca, na zona norte da cidade – um dos maiores parques florestais do mundo. O serviço começou a ser oferecido hoje (14) pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela administração do parque.
Por enquanto, estarão disponíveis 20 vagas por semana às quartas-feiras pela manhã (9h), sem necessidade de reserva prévia. Os passeios acontecem com um mínimo de três pessoas e o ponto de encontro é o Centro de Visitantes do Setor Floresta. De acordo com o chefe da unidade, Ernesto Castro, o serviço será ampliado e a ideia é oferecer as visitas guiadas também aos fins de semana.
Os guias terão à disposição dois roteiros elaborados para associar atrativos naturais aos aspectos históricos do parque: o Roteiro dos Escravos e o Roteiro dos Artistas. No primeiro, os visitantes poderão percorrer caminhos e ruínas que remetem ao trabalho escravo nas plantações de café e no processo de recuperação da Mata Atlântica, com destaque para a Cachoeira das Almas, o Lago das Fadas e as Ruínas do Midosi, antiga fazenda de café.
Já o segundo roteiro aborda as relações de artistas que trabalharam na reformulação visual da região, como os paisagistas Augusto François Marie Glaziou e Roberto Burlemarx e os pintores Nicolas Taunay e Cândido Portinari. Taunay chegou a morar nos limites do parque e teve uma das cachoeiras da área rebatizada com seu nome, a Cascatinha Taunay. Além do Mirante da Cascatinha, o roteiro passa por locais como a Capela Mayrink, que abriga quadros de Portinari, e o Recanto dos Artistas, onde pintores costumavam se reunir.
Durante os passeios, os guias também abordarão temas ligados à conservação ambiental, como a importância dos rios e matas ciliares, a preocupação com espécies invasoras e a reintrodução de animais da Mata Atlântica.
Segundo Castro, os passeios são atraentes para os mais variados tipos de visitantes. “As trilhas são leves, pois esses roteiros foram pensados para um público bem diversificado”
O ICMBio recomenda que o visitante use calçados fechados e confortáveis e que leve pelo menos um litro de água para beber durante o trajeto. A caminhada dura aproximadamente duas horas e os passeios podem ser feitos por crianças a partir de 10 anos. Em caso de chuva forte, as atividades serão canceladas.
A área onde está o Parque Nacional da Tijuca pertencia a uma fazenda de café e foi praticamente devastada ao longo dos séculos 17 e 18 para a extração de madeira e a produção de monoculturas, especialmente o café.
Em 1861, em uma iniciativa de conservação pioneira ordenada por D. Pedro II, a área passou por um processo de desapropriação territorial e de reflorestamento. Cem anos depois, um decreto de assinado pelo presidente Jânio Quadros oficializou a criação da unidade de conservação.
Com flora e fauna bastante diversificadas, grutas, cachoeiras e obras arquitetônicas de grande valor histórico e artístico, entre elas o Cristo Redentor, o Parque Nacional da Tijuca é a unidade de conservação ambiental mais visitada do país.
Fonte: Agência Brasil