CENÁRIO EMPREENDEDOR

Passos considerados para a construção de um negócio

Todo segmento de negócio tem o seu grau de complexidade.

Em 18/06/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Sabemos que abrir a própria empresa tem sido a solução encontrada para muitos profissionais que desejam obter mais satisfação no trabalho ou procuram uma nova oportunidade no mercado.

Porém, a velocidade com que acontecem o processo de mudanças, a revolução tecnológica, conexões inteligentes interligando o mundo, permitindo informações em tempo real à qualquer distância, alterações comportamentais (pessoal e empresarial) e revolucionários modelos gerenciais, não permite piscar os olhos, sob pena de tornar "leigos" presas fáceis para o fantasma avassalador chamado fracasso, seja na vida pessoal, profissional, ou empresarial.

Todo segmento de negócio tem o seu grau de complexidade e, para auxiliar nessa importante tomada de decisão, a sugestão é buscar orientações com um “profissionais especialista” que ensinará os passos a serem considerados no momento de abrir uma empresa.

Em tempo, segundo o "Empresômetro", um novo sistema de mapeamento em tempo real do cenário empresarial no País, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o Brasil possui mais de 18,8 milhões de empresas, sendo que 90% delas são compostas por integrantes de uma mesma família.

Bom, para tornar nossa conversa bem alinhada e compreensível sobre este excitante tema, nada melhor do que relembrar alguns comportamentos, pessoal e profissional, cujo propósito é dar sentido, vida e longevidade às empresas e negócios, baseados nas valiosas dicas citados no livro “O meu próprio negócio”, de Rogério Chér (Negócio Editora - 2002).

Chér orienta sobre a importância de analisar as condições de momento, bem como, as circunstâncias pessoais, familiares, profissionais e financeiras de ambos, verificando se a ideia da sociedade está amadurecida adequadamente, ou se pelo menos não a coloca em perigo, antes da consolidação do negócio.

Além disso, vale lembrar que amizade e companheirismo entre os envolvidos são coisas diferentes. A amizade não garante sucesso no negócio, porém a ausência de sucesso, inevitavelmente, acaba com a amizade.

Na empresa deve haver um discernimento claro entre “amizade e sociedade”, sempre prevalecendo o compromisso e o respeito mútuo.

Eventuais diferenças entre os sócios não devem implicar filosofias opostas ou valores antagônicos, mas sim, características que se complementam e qualidades que se somem e evoluem.

Divergências sempre existirão e são necessárias, se analisadas do ponte de vista do debate propositivo sobre novas ideias que tornem a sociedade e os negócios cada vez mais consistentes.  

Além disso, nem todas as decisões tomadas na empresa serão consensuais. Muitas das vezes um sócio discordará do outro e vice versa, porém, ambos devem fixar o foco no planejamento, na organização, nos interesses, propósitos e objetivos comuns. A flexibilidade será um valioso fortificante para a saúde dos negócios, o que refletirá no sucesso da sociedade empresarial.

Assim como o conhecimento, a confiança é um dos pilares de sustentação dos negócios. Havendo dúvidas sobre o comportamento ético, no sentido de convergência de valores, é melhor não haver sociedade.

Sobre o autor:

É professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing do Correio Capixaba e CCNES, e palestrante/conferencista.

www.mazoliniconsultoria.com.br, professormazolini@gmail.com - diretoria@mazoliniconsultoria.com.br.

Imagem: Editoria Novo Negócio /Divulgação