POLÍTICA NACIONAL
PEC: Brasil entrará em abismo fiscal, diz Rodrigo Maia
O presidente da Câmara criticou o adiamento da PEC Emergencial neste ano no Senado.
Em 12/12/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
"É assim a política brasileira, na política brasileira, o interesse de cada um prevalece em relação aos interesses do Brasil””, disse o presidente da Câmra dos Deputados, Rodrigo Maia..
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta sexta-feira, ao criticar a desistência de discussão da PEC Emergencial neste ano no Senado, que o país está diante de um “abismo fiscal”.
O relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC)Emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC), anunciou em nota nesta sexta-feira o adiamento da apresentação do relatório da medida para o ano que vem, alegando a complexidade do tema e a atual conjuntura do país, sem entrar em detalhes.
Em Fórum Empresarial organizado pelo Lide, onde foi homenageado, Maia afirmou que “até o que e emergencial não é votado no Brasil”, e acusou o governo de fazer um “cambalacho” com a PEC, creditando a atitude a uma tentativa de prejudicá-lo.
“Resolveram fazer um cambalacho: ´tira da Câmara, que a Câmara está forte, joga no Senado e o Senado vai resolver todos os problemas, enfraquecendo a Câmara’. É assim a política brasileira, na política brasileira, o interesse de cada um prevalece em relação aos interesses do Brasil””, disse o parlamentar.
“E agora, mais uma vez, com a decisão do relator Marcio Bittar de não votar a PEC emergencial porque tinha eleição (municipal), primeiro. Depois tinha o segundo turno. E agora nós vamos entrar em um grande abismo fiscal no próximo ano no Brasil, porque o que o Paulo Guedes disse que era emergencial, não era emergencial”, acrescentou.
Maia aproveitou para a afirmar que a PEC da reforma tributária está pronta, mas não vai a voto, acredita, porque o governo não quer que sua aprovação seja computada como uma vitória do presidente da Câmara.
“A reforma tributária está pronta. Tem voto. Ela não vai ser votada porque é a reforma tributária do Rodrigo Maia, só isso”, avaliou.
O deputado sinalizou, mais uma vez, disposição em votar projeto de lei encaminhado pelo governo que unifica PIS e Cofins. Por se tratar de lei, avalia, poderia ter chances de ser aprovado, já que não necessita de quórum especial. (Reuters)