ECONOMIA NACIONAL
Pedido para importação de café já está com a Camex, diz ministro.
O ministério defende a importação de um total de 1 milhão de sacas de café conilon até maio.
Em 13/02/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Brasília, – O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira,13, em Uberaba (MG) ter encaminhado à Câmara de Comércio Exterior (Camex), na última sexta-feira (10), pedido de autorização para importação de café conilon.
“Agora é com o conselho”, disse após participar da I Conferência Internacional de Desenvolvimento Econômico e Erradicação da Pobreza por meio da Agricultura (CPLP). “Particularmente, entendo que é necessário, neste momento, flexibilizar um pouco. E dentro de cotas; não é uma liberação”, afirma. A importação de café é uma demanda da indústria. Já o setor produtivo, em especial do Espírito Santo, maior produtor de conilon do País, é contra e tem se articulado para evitar a medida.
Em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, na quarta-feira (8), Maggi disse que produtores afirmam ter produto em estoque, mas não ofertam ao mercado. “O governo vem estudando o assunto há algum tempo. Há divergências de números, entre o que a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostra ao ministério e o que os produtores dizem ter”, comentou Maggi, em Uberaba (MG). “Confio nos departamentos do Estado. Já na sexta-feira encaminhei o expediente à Camex.”
O ministério defende a importação de um total de 1 milhão de sacas de café conilon até maio, ou 250 mil sacas por mês a partir de fevereiro. O pedido de autorização para importar café havia sido adiado no início da semana passada, após pressão dos produtores do Espírito Santo, que alegavam ter em estoque 4 milhões de sacas.
A Conab estimava um estoque na casa dos 2 milhões. O ministério aguardou até a última sexta-feira para que os produtores comprovassem a quantidade estocada. “A vontade é apenas que a indústria brasileira sobreviva ao momento; não há agricultura forte sem a agroindústria forte”, disse o ministro.
“Se você olhar os números de exportação de café nos meses de janeiro e fevereiro, principalmente, de café industrializado, que já passou pela indústria, vai ver que os números são muito diferentes, que as quedas são significativas”, acrescentou.
Segundo ele, o que acontece hoje com o café já ocorreu no passado com a soja e o milho, quando a queda da safra prejudicou o produto final. “Cabe ao governo sempre olhar como minimizar isso. Não vou deixar de tomar as decisões que o governo entende como certas e que devem ser tomadas para a sustentabilidade da nossa agricultura”, disse.
Broadcast